Governo de MG vê venda de estatal como saída para quitar parte do 13º
Romeu Zema (Novo) disse que para quitar “com mais agilidade” o benefício de quem recebe mais de R$ 2.000 é importante privatizar a Codemig
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O pagamento de parte do 13º salário dos servidores do Governo de Minas que recebem mais de R$ 2.000 segue sem data prevista. Nesta segunda-feira (14), o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que conseguirá quitar o débito “com mais agilidade” caso a ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) aprove a venda da maior parte da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais).
O Projeto de Lei 1.203/2009, que tenta legalizar a privatização da empresa estatal que atua na realização de projetos, obras, serviços e empreendimentos, foi enviado aos deputados no dia 10 de outubro de 2019. O documento, que é de autoria do governador Romeu Zema, ainda não foi avaliado pelos parlamentares e não há data prevista para que isto ocorra.
— É importante dizer que a possibilidade existente hoje de vender 49% da empresa é um dano ao erário porque se o Estado continuar como [acionista] majoritário o preço simplesmente vai à metade. Na hora que ficar visível para o investidor que o Estado já tem autorização para vender 51%, o valor deste ativo praticamente dobra.
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O Governo de Minas garantiu que será feito um depósito de até R$ 2.000 do 13º no dia 23 de dezembro. Zema disse durante coletiva no fim desta manhã que, com o repasse, 39% dos servidores já terão recebido todo o valor que têm direito. Enquanto o projeto não é aprovado na ALMG, o governador aguarda a equipe econômica analisar quando será possível fazer os próximos pagamentos.
— Sobre janeiro, temos que esperar o final do ano ou início do mês para que a Secretaria de Fazenda tenha uma previsão. Queremos fazer isto o quanto antes para que o funcionalismo possa se programar melhor.