Governo de Minas diz não ter capacidade para produzir vacina
Em nota, Secretaria de Estado de Saúde diz depender de transferência de tecnologia e adequação na planta da Funed
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
Minas Gerais não tem capacidade, hoje, para produzir vacinas contra a covid-19. A constatação foi feita pela própria SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), em nota divulgada nesta quinta-feira (28).
Uma eventual produção em massa de imunizantes depende, de acordo com a pasta, de transferência de tecnologia e adequações na planta da Funed (Fundação Ezequiel Dias).
"A estrutura atual, diferente da existente no Instituto Butantã e na Fundação Oswaldo Cruz, não permite a produção imediata de imunizantes contra a covid-19", disse a SES-MG.
Ainda de acordo com a secretaria, a produção de vacinas também deve levar em conta o acesso a insumos, "hoje em falta em todo o mundo".
Ainda segundo nota da Secretaria de Estado de Saúde, o Governo de Minas tem garantido o acesso "de todos os mineiros que desejam vacinar-se contra a Covid-19". De acordo com a pasta, até o momento, foram recebidas do Ministério da Saúde mais de 855 mil doses, que estão sendo distribuídas a todos os municípios mineiros.
De acordo com dados do próprio Governo de Minas, no entanto, foram distribuídas menos de 500 mil doses desde a semana passada. O total de pessoas vacinadas no Estado chega a 148.785, sendo que 135 mil são profissionais de saúde.
Negociações
O Governo de Minas confirmou que tentou negociar doses diretamente com o laboratório chinês Sinopharm, mas que as negociações não foram adiante pela falta de dados sobre as fases de testes 1 e 2.
"Durante a pandemia, o tempo de ações e de negociações deve ser o mais rápido possível, desde que não comprometa as questões de segurança. Sem acesso a essas informações e a dados estratégicos, não é possível concluir uma tratativa", diz a nota da SES-MG.
Ainda de acordo com a pasta, hpa tratativas "com diversos laboratórios para parcerias em fases de testagem, visando garantir prioridade na aquisição de vacinas, que seriam repassadas ao Ministério da Saúde".