Homem esquartejado em apartamento em BH era morador de rua, diz polícia
Marciel José Soares tinha 31 anos e era natural de Água Preta; investigadores ainda não sabem como vítima foi atraída pelo autor
Minas Gerais|Kiuane Rodrigues, da Record TV Minas
A Polícia Civil de Minas Gerais indentificou que o homem esquartejado em um apartamento no bairro Santo Antônio, na região centro-sul de Belo Horizonte, seria um morador de rua, de 31 anos, vindo de Pernambuco.
Exames feitos pelo IML (Instituto-Médico Legal) de Belo Horizonte identificaram a vítima como Marciel José Soares, natural de Água Preta.
Segundo a polícia, o suspeito, que supostamente sofre de esquizofrenia e estava internado em uma clínica psiquiátrica particular, teria contado aos médicos que tinha cometido um homicídio.
A advogada dele, então, foi até o apartamento e na companhia do síndico do condomínio encontrou partes do corpo no banheiro, acionando a polícia em seguida.
Após a denúncia, a polícia esteve na clínica. O suspeito foi preso, temporariamente, pelo crime de ocultação de cadáver. No depoimento, o possível autor do crime informou como se desfez de algumas partes do corpo da vítima, que foram encontradas pela polícia em uma caçamba.
Além disso, o homem relatou que gosta de assistir séries macabras e bizarras. A polícia acredita que a cabeça da vítima, que ainda não foi localizada, pode ter sido recolhida pelo serviço de limpeza urbana.
"Concluindo o inquérito com a apuração do homicídio, aí sim nós vamos ter mais elementos para esclarecer as outras questões referentes à motivação, circunstâncias, até mesmo o modus operandi [do crime]", explicou a delegada Letícia Gamboge sobre o caso descoberto no último domingo (5).
Ainda não se sabe, também, como o suspeito atraiu a vítima para o apartamento. A câmeras de segurança do edifício mostram o momento em que ele e a vítima entram no local juntos. Não há imagens dos dois saindo do prédio.
Apesar dos relators de que o rapaz seja esquizofrênico, a polícia ainda não tem laudos que comprovem a doença.
Outro crime
Esse não teria sido o primeiro homicídio cometido pelo jovem. Em junho de 2017, quando tinha 17 anos, o rapaz confessou ter matado a própria mãe.
A advogada Rachell Alves Peixoto Rodrigues, de 48 anos, foi encontrada dentro de casa na região do Barreiro, em Belo Horizonte, amordaçada e amarrada com fita crepe. Na época, o adolescente fugiu do local e, depois, se apresentou à delegacia acompanhado do pai.