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Intoxicação de cães: fornecedora teria sido alertada que matéria-prima era imprópria

Segundo vendedor, empresa repassou à fabricante de petiscos um lote que não poderia ser usado em alimentação; polícia investiga

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Perícia indicou presença de produto tóxico na matéria-prima
Perícia indicou presença de produto tóxico na matéria-prima Perícia indicou presença de produto tóxico na matéria-prima

O poder público investiga se a fornecedora de matéria-prima dos petiscos que causaram a morte de cães pelo Brasil vendeu para a fabricante dois lotes de substância química que não poderiam ser usados em produtos alimentícios.

A empresa Tecno Clean repassou à Bassar Pet Food, fabricante dos petiscos, o carregamento de propilenoglicol que havia comprado da A&D Química.

Em nota, a A&D Química, que tem sede em Arujá (SP), declarou que os produtos vendidos pela empresa "não possuem nenhuma destinação alimentícia, sendo destinados exclusivamente à fabricação de itens para higiene e limpeza".

De acordo com a direção da A&D Química, a Tecno Clean, sediada em Contagem (MG), foi alertada sobre a restrição. Procurada, a Tecno Clean não comentou sobre o assunto.

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A Polícia Civil de São Paulo informou que investiga as denúncias em ação conjunta com a Polícia Civil de Minas Gerais e com o Mapa.

"O representante da empresa que forneceu a matéria prima para produção dos petiscos será ouvido nos próximos dias para auxiliar nas investigações. A empresa também foi alvo de vistorias. Os laudos estão em elaboração e as polícias civis de São Paulo e Minas Gerais trabalham em conjunto para o completo esclarecimento do caso", pontuou a corporação.

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Substâncias

O propilenoglicol é um solvente que pode ser usado na produção de alimentos para humanos e cães. Ele serve para manter a textura dos produtos e evitar o ressecamento.

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No entanto, segundo o Mapa, o uso na alimentação pode ocorrer desde que o produto "seja adquirido de empresas registradas" junto ao órgão - o que não ocorreu no caso das intoxicações. Nestes casos, as substâncias seguem alto padrão de pureza.

Outro problema identificado pelo Ministério da Agricultura é que os dois lotes vendidos pela Tecno Clean à Bassar estariam contaminados com monoetilenoglicol, um anticongelante tóxico à saúde. O produto é o mesmo que causou a morte de ao menos 10 pesssoas no caso Backer.

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