Juiz nega prisão de empresário por agressão a cinegrafista em MG
Justiça também não autorizou aumentar para R$ 60 mil o valor da fiança paga pelo investigado no caso, conforme solicitou o Ministério Público Estadual
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Um juiz de Barbacena, a 170 km de Belo Horizonte, negou, nesta sexta-feira (29), o pedido de prisão preventiva do empresário suspeito de agredir um cinegrafista na cidade.
José Carlos dos Santos, da Segunda Vara Criminal de Barbacena, também negou a solicitação do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) referente ao aumento da fiança que Leonardo Rivelli pagou para deixar a delegacia após a confusão.
Na época, o comerciante foi liberado após prestar depoimento e fazer o pagamento de R$ 1.000. O MP, contudo, queria que o valor fosse elevado para R$ 60 mil.
No despacho, o juiz rejeitou, ainda, o pedido para que o investigado seja proibido de se aproximar dos funcionários da emissora onde trabalha o cinegrafista Robson Panzera. Segundo o magistrado, não há indícios de que Rivelli possa atrapalhar as investigações.
"Se nos autos há provas suficientes da materialidade e indícios de autoria, por outro lado, não se demonstra, cabalmente, que a manutenção da liberdade do representado possa obstruir a tramitação da instrução, represente perigo de fuga e consequente inaplicabilidade da lei penal", explicou o juiz.
A reportagem procurou Panzera para comentar a decisão, mas aguarda retorno. Em contato com o R7, Rivelli disse que vai aguardar orientações de seus advogados para se manifestar.
Vídeo
A confusão foi gravada por uma repórter que acompanhava o cinegrafista na gravação de uma reportagem sobre casos de coronavírus na Epcar (Escola Preparatória de Cadetes do Ar), em Barbacena.
Nas imagens é possíve ver o momento em que o profissional da impresa é atingido com o própio material de filmagem. Robson Panzera tenta se defender, mas acaba com o equipamento. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso.