A Justiça determinou, nesta quinta-feira (29), que a Prefeitura de Belo Horizonte suspenda temporariamente o corte das árvores na região da Pampulha, previstas para serem arrancadas para a realização de uma edição da Stock Car no município. A decisão do juiz Thiago Grazziane Gandra, da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, atende pedido feito pelos vereadores Bruno Pedralva (PT) e Pedro Patrus (PT). Os parlamentares apontaram supostas irregularidades na decisão que liberou a supressão dos arbustos e alegaram. Diante o risco de "danos irreversíveis para o meio ambiente e para os munícipes" com a poda, o juiz determinou a suspensão até que a prefeitura explique se realmente houve irregularidades. A supressão dos arbustos começou nesta quarta-feira (28), quando ao menos 20 árvores foram arrancadas do entorno do estádio Mineirão. A previsão é que 63 sejam cortadas. Procurada, a prefeitura informou que não foi notificada sobre a decisão. A ação também pedia a suspensão de eventual remoção de "de canteiros centrais, passeios, passagens elevadas de pedestres, ilhas de semáforos e postes, além de alargamento de via e construção de muros na Avenida Carlos Luz". Esta parte do pedido foi negada. Em nota, as empresas Speed Seven e DM Corporate, organizadoras do evento BH Stock Festival, afirmaram que "vários estudos foram elaborados em razão da realização do evento. Dentre eles os estudos de topografia, viabilidade técnica para a construção do circuito, o impacto econômico, projeção turística e impacto ambiental". Ainda segundo as organizadoras, "os trâmites foram seguidos de forma a obtenção de todas as licenças" e, como medida compensatória, serão plantadas 688 novas árvores. "Com a compensação ambiental que será realizada, a região da Pampulha ficará 10 vezes mais arborizada do que é atualmente", explicam. Os cortes das árvores motivaram protestos na cidade: