Kalil fecha mais lojas, praças e proíbe cultos em igrejas de BH
Prefeito prometeu uma fiscalização mais severa e um estudo em prédios comerciais para avaliar a suspensão de mais atividades
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), decretou mais medidas restritivas para conter o avanço da covid-19 na cidade.
O anúncio foi feito, durante a tarde desta sexta-feira (12). Segundo o prefeito, além das atividades que já estavam suspensas, passam a ficar proibidos:
- Funcionamento de lojas varejistas de materiais de contrução civil;
- Cursos de línguas, danças e artes;
- Praças públicas e caminhadas ao ar livre;
- Restaurantes com entrega na porta (eles só poderão funcionar por delivery);
- Carros de lanche;
- Cultos nas igrejas, de qualquer religião;
- Lojas de conveniência em postos de combustíveis após 18 horas.
A proibição das caminhadas em áreas públicas começa a vale neste sábado (13). Já as novas restrições das atividades comerciais entram em vigor na segunda-feira (15).
Jackson Machado, secretário municipal de saúde, explicou que as restrições foram sugeridas em função do avanço dos índices que monitoram a pandemia. Atualmente os três estão no vermelho. Confira:
- RT (índice de transmissão): 1,25
- Ocupação de UTI covid-19: 89,2%
- Ocupação enfermaria covid-19: 75,3%
Machado alertou, ainda, que a situação é ainda mais preocupante nos hospitais particulares. Segundo o secretário, nestas unidades a ocupação está em 95,4%. Considerando apenas leitos públicos, o percentual reduz para 84,2%.
— Aquela história que o prefeito já havia contado sobre cartão de plano de saúde não salvar a vida das pessoas é verdadeira.
Fiscalização
O prefeito ainda prometeu endurecer a fiscalização e realizar um levantamento sobre a situação dos predios comerciais.
— Não podemos continuar com esta lotação no tranpsorte público sendo que a cidade está fechada. Tem um mistério aí e está nos prédios comerciais. Em até 10 dias devemos detectar o que precisa fechar neles.
As novas restrições foram anunciadas um dia após a ocupação das UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) covid-19 chegar a 89% e deixar todos os índices de monitoramento no vermelho. Considerando apenas os hospitais particulares, a situação está ainda mais crítica, já que 96% das vagas estão ocupadas.