A Polícia Civil ouviu, nesta sexta-feira (10), o médico responsável pela cirurgia plástica da servidora pública que morreu após realizar uma lipoaspiração em Belo Horizonte.
![Além do médico, a família da vítima também depôs](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/OGRV44WAHJIDRHYLSEEL5XUG3A.jpg?auth=ae25f6ea0aac75cb0067fc4a3afdd6d877c88999a3f87db58a9d21b62bcb9bbc&width=1500&height=1125)
Os familiares de Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira também foram ouvidos pela delegada Ligia Barbieri Mantovani. Entre eles, o marido, o filho e a irmã da vítima. Os depoimentos começaram às 14h20.
“É muito sofrimento, eu fico até sem palavras para falar, ver o sepultamento da sua esposa e fazer retirarem de novo é muito triste”, lamentou Isaías Oliveira, viúvo de Lidiane, ao comentar a exumação do corpo, realizada nesta quinta-feira (9).
No atestado de óbito consta que a servidora pública faleceu de embolia pulmonar, mas a família alega ter dúvidas devido às circunstâncias do caso. Graziele Fernandes, irmã da vítima que acompanhou o procedimento, afirma que Lidiane estava bem de saúde e começou a sentir fortes dores assim que retornou das cirurgias. "Ela já estava gritando de dor, e com o tempo a dor foi aumentando, a pressão no peito foi aumentando”, relembrou.
A família alega que o médico não deu a notícia da morte de Lidiane e também denuncia a suposta falta de consideração por parte da clínica. “O próprio Isaías chegou à conclusão da morte e quando ele indagou o médico, ele evadiu do local e desde então a clínica e nem o médico os procuraram sequer para prestar as condolências”, diz a advogada da família.
O cirurgião Lucas Mendes afirma que manteve contato com a família da paciente quando ela foi internada em outro hospital. ”Perder uma paciente dessa forma foi e está sendo muito difícil para mim. Nenhum médico acorda de manhã para trabalhar com o objetivo de causar mal ao seu paciente", informou.
Relembre o caso
Após realizar uma lipoaspiração e uma abdominoplastia, na última terça-feira (7) Lidiane apresentou dores pelo corpo e falta de ar. Durante a noite, ela foi transferida para o Hospital Vera Cruz, já que o local onde o procedimento foi realizado não tem CTI (Centro de Tratamento Intensivo). A morte foi constatada na madrugada e Lidiane foi enterrada nesta quarta-feira (8), em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, cidade onde morava com a família.