MG libera orientações a prefeitos sobre reabertura de cidades
Governador do Estado diz que medidas de isolamento podem ser adotadas até 2021; "Não é uma volta à normalidade", defendeu Romeu Zema
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O Governo de Minas Gerais divulgou, na tarde desta terça-feira (28), o site que vai orientar os prefeitos sobre as medidas que podem ser adotadas para a reabertura do comércio.
Na prática, os municípios não vão ser obrigados a seguir as medidas apresentadas no projeto batizado de Minas Consciente. Segundo o Governo do Estado, as propostas vão servir de parâmetro para as cidades que concluírem que já podem flexibilizar o isolamento.
Nesta tarde, foram divulgadas as dicas apenas para os estabelecimentos considerados essenciais, como supermercados, lojas de material de construção, autopeças, farmácias e assistências técnicas.
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Para estes setores, foram indicadas medidas como trabalho remoto para os funcionários dos grupos de risco, disponibilização de produtos de higienização e equipamentos de proteção, limitação do número de clientes e trabalhadores dentro dos estabelecimentos e garantia de distanciamento mínimo de dois metros dentro dos espaços.
As orientações variam de acordo com cada tipo de cada atividade. Para ver a lista completa, acesse o site do Governo de Minas.
A expectativa é que o protocolo sugerido aos demais três grandes grupos em que foram divididos os estabelecimentos seja publicado nos próximos dias.
Ao anunciar a liberação do site, o governador Romeu Zema afirmou que mesmo com a expectativa de redução no número de casos de covid-19, o Estado deve chegar a 2021 com restrições de isolamento social.
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Embora o governador tenha dado liberdade aos prefeitos decidirem se reabrem ou não os comércios, Zema defendeu que ainda não é possível voltar à vida normal.
– Não é a volta à normalidade. É uma volta a uma nova normalidade. Ainda vamos ter que adotar o protocolo [de isolamento] nos próximos meses.
O Estado tem, até esta terça-feira, 1.649 casos confirmados do novo coronavírus e 71 mortes provocadas pela doença.
Veja em quais grupos as atividades comerciais foram divididas:
Onda 0 - Funcionamento das atividades essenciais
- Hipermercado
- Lojas de material de construção
- Autopeças
- Farmácias e drogarias
- Venda e manutenção de equipamentos eletro-eletrônicos
- Revenda de gás
- Padaria e confeitaria
- Açougue
- Serviços de RH e terceirização
- Supermercados e afins
- Postos de gasolina
Onda 1 - Empresas de baixo risco
- Lojas de artigos esportivos e afins
- Serviços de publicidade e afins
- Lojas de artigos para casa, tecidos e aviamentos
- Joalheria e relojoaria
- Lojas de vestuário, acessórios, calçados e afins
- Loja de móveis e colchões
- Pet shop e afins
- Loja de variedades
- Loja de fogos de artifício
- Agência de turismo e afins
- Concessionárias, revendas, oficinas de veículos motorizados
Onda 2 - Empresas de médio risco
- Varejo de plantas e flores naturais
- Lojas de artigos de papelaria
- Lojas de eletrodomésticos de áudio e vídeo
- Lojas de artigos de caça, pesca e camping
- Comércio de animais vivos
- Tabacaria
- Hotéis e similares
- Loja de brinquedos
- Venda e manutenção de instrumentos musicais e acessórios
- Lojas de departamento ou magazines
- Comércio varejista de equipamentos para escritório
Onda 3 - Empresas de alto risco
- Varejista de suvenires, bijuterias e artesanatos
- Lojas de variedades
- Varejista de outros artigos usados
- Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza
- Comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas
- Comércio varejista de livros
- Comércio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes
- Bancas de jornais e revistas
- Varejo de equipamentos de telefonia e comunicação
- Lojas de artigos fotográficos e para filmagem
- Lojas duty free de aeroportos internacionais