O pai da menina de apenas 7 anos, que morreu baleada neste domingo (25), na região do Barreiro em Belo Horizonte, disse que não conhece as pessoas que se envolveram na confusão. Ele acredita que estava com a filha, Nicole Kimberly, na hora errada e no lugar errado.
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O pai, que preferiu não ser identificado, conta que tudo começou quando um motorista fez manobras perigosas na rua. Pai e filha haviam saído de casa para ir até o bairro vizinho. Os dois estavam em um ponto de ônibus quando foram atingidos pelo disparo.
Segundo o pai, quando ele viu a movimentação, abraçou a filha e foi nesse momento que ouviu o tiro. "Eu escutei um tiro só, pegou eu e minha filha. Atravessou minha mão, ela e foi parar na minha coxa", contou o pai.
Os dois foram socorridos por um morador da região e levados para a UPA, o pai foi atingido na perna e na mão. A criança não resistiu aos ferimentos. "A minha ficha ainda não caiu. Pra mim, ela ainda ta no hospital", disse o pai da criança, abalado.
As aulas na escola onde a menina, que sonhava em ser professora, estudava foram suspensas nesta segunda-feira (26).
O autor dos disparos foi identificado como Luciano de Souza Andrade, de 28 anos. Segundo a Polícia Militar, ele faz parte de uma facção criminosa no bairro. Os militares foram até a casa do suspeito, onde localizaram armas e drogas. A esposa do homem foi presa.
De acordo com a PM, o pai de Nicole, de 33 anos, tem passagem por tentativa de homicídio, roubo e ameaça, mas ele não era o alvo dos disparos.