Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Motorista de falsa enfermeira em MG ostentava dinheiro em vídeos

Júnior das Dores relatava à família que estava trabalhando para uma empresa de saúde; suspeito foi indiciado pela PF

Minas Gerais|Enzo Menezes, da RecordTV Minas

Motorista gravou vídeos mostrando dinheiro
Motorista gravou vídeos mostrando dinheiro

Um homem que seria motorista da falsa enfermeira que participou de uma vacinação clandestina em empresários de Minas Gerais no mês passado gostava de exibir maços de notas de dinheiro em vídeos enviados a amigos e conhecidos.

Júnior das Dores Guimarães, que trabalhava como motorista de aplicativo, morava em uma quitinete na região do Barreiro, em Belo Horizonte, quando começou a trabalhar para a cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, que se passou por enfermeira para vacinar cerca de 80 pessoas, entre empresários, políticos e seus familiares em março deste ano. Ele é genro da mulher.

Para sua família e amigos, ele teria alegado que estava ganhando muito dinheiro trabalhando como motorista de uma empresa de saúde. Uma conhecida, que não quis se identificar, conta que ele relatava fazer as entregas em cidades de Minas Gerais e em bairros de luxo de Belo Horizonte.

— Ele [Guimarães] colocava [informações] sobre muito dinheiro nos grupos de mensagem. Ele começou a falar que estava trabalhando com carregamento de vacinas e ampolas, mas não identificou que eram para coronavírus.


O homem aparece em uma série de vídeos obtidos pelo jornalismo da RecordTV Minas ostentando notas de R$ 50 e R$ 100. Em um deles, Júnior está dentro de um carro filmando um maço de dinheiro. 

- Olha o pai aí, cheio da nota. Olha aqui de pertinho. 


Na tarde desta segunda-feira (5), Guimarães e Igor Torres de Freitas, filho de Cláudia, foram indiciados pela Polícia Federal pelos crimes de organização criminosa e falsificação de medicamentos. A reportagem tenta contato com a defesa dos citados.

Depoimentos


Motorista também é genro da falsa enfermeira
Motorista também é genro da falsa enfermeira

O esquema de vacinação clandestina, que ocorreu em uma garagem de ônibus da empresa Saritur, é investigado pela Polícia Federal em Minas Gerais. Nesta segunda-feira, Guimarães, Freitas, uma filha da cuidadora e uma quarta pessoa que teve a identidade preservada pela polícia prestaram depoimento.

Leia também: Falsa enfermeira já vacinava em BH desde o início de março, diz PF

Segundo o delegado, todas as informações relatadas pelo grupo já eram conhecidas pela corporação. Para algumas delas, a polícia já tem indícios de que não são verdadeiras.

Cláudia Mônica de Freitas chegou a ser presa na semana passada, mas foi solta neste fim de semana, após a Justiça conceder um habeas corpus a seu favor.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.