O Ministério Público de Minas Gerais pediu que a defesa do goleiro Bruno informe locais, dias e horários de treinos e reforçou a necessidade de que qualquer deslocamento do atleta para fora da cidade de Varginha, no Sul de Minas, deva ser autorizada pela Justiça. A manifestação foi assinada pelo promotor da 1ª Promotoria de Justiça de Varginha Aloisio Rabelo de Rezende. A decisão, agora, cabe ao juiz Tarcísio Moreira de Souza, da Vara de Execução Penal da cidade do Sul de Minas. Condenado a mais de 20 anos pelo sequestro e morte de Eliza Samudio, Bruno Fernandes assinou contrato com o Poços de Caldas FC, clube da terceira divisão do Campeonato Mineiro e aguarda autorização da Justiça para voltar aos gramados. Segundo a advogada do goleiro, Mariana Migliarini, Bruno já está treinando em Varginha. "Os treinos físicos já foram informados à Justiça e o treinamento técnico começa neste mês, com a vinda do treinador de goleiro e os materiais específicos. A defesa informa o local à justiça para que a transparência e a boa fé norteiem a execução de pena e ele comprove seu trabalho", disse a advogada. Semiaberto Depois de cumprir nove anos em regime fechado, Bruno foi autorizado pela Vara de Execuções Penais em Varginha a progredir para o regime semiaberto. Como a cidade não oferece estrutura para qe ele durma na prisão todas as noites, o atleta é autorizado a dormir em casa, mas deve seguir regras impostas pela Justiça. Na decisão do juiz Tarcísio Moreira de Souza, por exemplo, o goleiro deve ficar recolhido em casa a partir das oito horas da noite, não pode frequentar bares ou outros estabelecimentos noturnos e precisa comunicar seu endereço à Justiça mensalmente.