MPF prorroga investigação sobre facada em Jair Bolsonaro
Um ano após o atentado, a Justiça acatou o pedido da Polícia Federal para continuar averiguando a influência de terceiros no ataque
Minas Gerais|Clara Mariz, do R7*, com Pedro Spinelli, da Record TV Minas*
Um ano depois que o então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) sofreu uma facada durante sua campanha eleitoral, em Juiz de Fora, em Minas Gerais, o Ministério Público Federal de Minas Gerais decidiu prorrogar em mais 90 dias o segundo inquérito que investiga as circunstâncias do atentado.
O pedido da Polícia Federal foi feito na última terça-feira (3) considerando que, no dia 18 de setembro, o TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) irá julgar um mandado de segurança que pede a suspensão das investigações acerca do advogado de Adélio Bispo de Oliveira, o agressor de Bolsonaro.
Em contato com a reportagem, o advogado Zanone de Oliveira Júnior disse que a decisão do MPF já era esperada.
“Como há uma previsão na lei que permite isto, a prorrogação já é algo que seria esperado tendo em vista que eles querem investigar estas teorias das conspirações”.
Uma das linhas de investigação da Polícia Federal sobre o caso da facada no presidente Jair Bolsonaro é tentar saber se há alguém que banca os honorários de Zanone.
Inimputável
O agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso. Ele foi absolvido por modo impróprio pela Justiça Federal por ser considerado inimputável.
Isso porque Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante persistente. O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora, determinou que ele fique internado dentro do presídio por um prazo mínimo de três anos, quando passará por uma nova perícia médica.
A defesa do presidente Jair Bolsonaro não recorreu da decisão da Justiça Federal em Juiz de Fora.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli