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Mulheres denunciam patrão por ter colocado câmeras no banheiro

Suspeito é dono de um lava-jato em Belo Horizonte; mulheres relatam que já sofreram diversos assédios pelo homem

Minas Gerais|Akemí Duarte, da Record TV Minas

Funcionárias de um lava-jato encontraram câmeras escondidas dentro do banheiro feminino do local, nesta segunda-feira (8), no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. As mulheres denunciaram o dono do estabelecimento por assédio sexual. Ele é o principal suspeito de ter instalado os equipamentos para flagrar as funcionárias nuas.

Uma das câmeras estava no teto e mostrava o chuveiro onde as funcionárias tomavam banho após o expediente. Segundo elas, o proprietário do lava-jato sugeria o uso do chuveiro e ameaçava tirá-lo se as mulheres não o utilizassem.

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As vítimas desconfiaram que estavam sendo monitoradas depois de várias falas do dono do comércio, que demonstrava saber detalhes intímos das mulheres.

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Eliade Guimarães relata que ele sabia, inclusive, o período de menstruação delas.

Câmeras ficavam escondidas no banheiro
Câmeras ficavam escondidas no banheiro Câmeras ficavam escondidas no banheiro

— Ele dizia, 'eu sei tanta coisa, eu sei até quando vocês estão menstruadas'. Fiquei com isso na cabeça, pensando que isso não era normal e comecei a desconfiar de que havia algo errado, alguma câmera escondida.

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Segundo as funcionárias, o dono tinha preferência por contratar mulheres, observava o aspecto físico das candidatas no processo seletivo e fazia exigências sobre o uso das roupas. Elas relatam diversos episódios de assédio, como pedidos para o uso de calças apertadas, cor do esmalte, decotes, entre outros, além de usar palavras obscenas ao se referir às funcionárias.

Além da revolta por estarem sendo filmadas, as mulheres temem que o homem esteja divulgando as imagens delas na internet. A perícia esteve no local e recolheu as câmeras.

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A Polícia Civil (PC) ratificou o flagrante do proprietário de um lava-jato em razão da prática dos crimes de registro não autorizado da intimidade sexual e assédio sexual. Segundo a PC, são 11 vítimas e nove já foram ouvidas, além de testemunhas e o suspeito.

O homem negou os crimes e foi encaminhado ao Sistema Prisional. A pena máxima dos crimes é de três anos, podendo ser aumentada de acordo com o número de vitimas. 

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