Oito pessoas alegam intoxicação por cerveja em BH antes da investigação
Investigação da Polícia Civil de Minas Gerais apura casos ocorridos a partir de outubro, mas há relatos de quem diz ter sido intoxicado há cerca de um ano
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
Oito pessoas procuraram a polícia para denunciar que tiveram problemas que poderiam ter sido causadas por cervejas da Backer que poderiam estar contaminadas antes do prazo que têm sido investigado pela Polícia Civil. A apuração foi prorrogada.
Até o momento, a força-tarefa que investiga o caso tem levado em conta casos de quem teve sintomas de intoxicação a partir do mês de outubro. Há relatos, no entanto, de que há suspeitas de contaminação que teriam ocorrido há cerca de um ano.
Embora a força-tarefa tenha delimitado prazo de início das investigações do caso, vítimas que acreditam terem sido intoxicadas com substância tóxica em cerveja da Backer devem registrar boletim de ocorrência sobre o assunto. Segundo a PC, esses casos também serão analisados e podem ser incluídos na investigação em andamento.
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Nesta segunda-feira (10), a Polícia Civil vai ouvir depoimentos de mais quatro familiares de vítimas de intoxicação causada pelo consumo de dietilenoglicol em cervejas da Backer. As investigações já duram 33 dias e, até o momento, 24 pessoas foram ouvidas, entre vítimas e familiares.
Segundo a PC as amostras recolhidas na cervejaria Backer e na empresa química que fornecia o monoetilenoglicol para ela continuam sendo analisadas e que ainda não há previsão para conclusão da maioria dos laudos. Resultados individuais também não serão divulgados antes da conclusão do inquérito, segundo a polícia.
Casos anteriores
Em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a Polícia Civil afirma que há 33 casos relacionados à intoxicação por consumo de dietilenoglicol. Até o momento, exames laboratoriais confirmaram uma morte (outras cinco são investigadas) e três casos (outros 24 estão sob investigação).