Bartô nega irregularidades
Divulgação / ALMGO diretório nacional do Partido Novo suspendeu a filiação de Bartô, deputado estadual em Minas Gerais, enquanto o grupo apura a conduta do político ao acompanhar a prisão de um suspeito de arremessar ovos em manifestantes no dia 1º de maio, em Belo Horizonte.
Em vídeo que mostra a prisão do analista de sistemas Felipe Cesário também é possível ver o deputado no corredor do prédio do detido junto aos policiais.
A namorada de Cezário pergunta aos militares o motivo da prisão e para onde o companheiro seria levado. Eles não respondem. Em seguida, o deputado explica a ela que receberam denúncias de que objetos seriam arremessados com frequência daquele apartamento.
"O caso está em processo de julgamento na Comissão de Ética Partidária (CEP) que é o órgão próprio para apurar, processar e julgar questões éticas que envolvem filiados do Nobo, mandatários ou não. O Diretório Estadual de Minas Gerais está contribuindo com o andamento e o desfecho do episódio", informou a direção do Novo em Minas Gerais ao lamentar o ocorrido. O comunicado ainda destaca que o partido preza que seus membros ajam de "forma ética, legal e moral".
A reportagem tenta contato com a defesa de Bartô. Em reunião na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) na última semana, o deputado negou que tenha cometido irregularidades. Na última semana ele também havia relatado que não havia sido informado pela partido sobre o procedimento.
Apuração
A PM (Polícia Militar) e o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) investigam as circunstâncias da prisão do analista de sistemaS Felipe Cezário. A Polícia Civil apura se Cezário, de fato, arremessou os ovos contra os manifestantes.
Nesta última quinta-feira (8), o advogado Daniel Deslandes, membro da comissão de direitos humanos da OAB/MG (Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais) entrou com pedido de cassação do mandato de Bartô por quebra de decoro parlamentar em função da participação na ocorrência. Para ele, houve abuso de autoridade e fraude processual. A solicitação de Deslandes precisa ser analisada pela ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), o que não tem data para ocorrer.
Veja a íntegra da nota do Partido Novo:
"Logo após tomar ciência dos fatos ocorridos na manifestação do dia 1º de maio em Belo Horizonte que envolveram o Deputado Estadual Bartô (NOVO), o Partido Novo fez um posicionamento público em repúdio ao episódio através de sua instância Nacional. O Diretório Estadual do Novo em Minas Gerais acompanhou os desdobramentos e, segue colaborando na apuração dos fatos.
O caso está em processo de julgamento na Comissão de Ética Partidária (CEP) que é o órgão próprio para apurar, processar e julgar questões éticas que envolvem filiados do NOVO, mandatários ou não. O Diretório Estadual de Minas Gerais está contribuindo com o andamento e o desfecho do episódio.
É uma situação grave e nós lamentamos. O Partido NOVO preza pelo rigor e seriedade na aplicação de penas por descumprimentos éticos. Os mandatários do NOVO têm um termo de compromisso assinado com o Partido que reforça os compromissos do Estatuto, válido para todos os filiados. Não apenas seus mandatários, mas também os filiados e dirigentes, têm o dever de se portar de forma ética, legal e moral.
Neste momento o Deputado Bartô está com sua filiação suspensa. Enquanto instância estadual, seguiremos apoiando a decisão da CEP e aplicando eventual pena."