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PCC em MG tem apoio de candidato a deputado e 2200 integrantes

Polícia Civil realizou a maior operação contra uma facção criminosa no Estado; investigação começou após ataques a ônibus e prédios públicos em 2018

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Jeferson Vasquez foi candidato pelo PSB
Jeferson Vasquez foi candidato pelo PSB

A Polícia Civil divulgou, nesta terça-feira (19), que a a facção criminosa paulista conhecida como PCC (Primeiro Comando da Capital) conta com, ao menos, 2.200 integrantes em Minas Gerais. Segundo a corporação, entre eles está o empresário Jeferson Vasquez, que foi candidato a deputado federal em 2018.

Durante a manhã, a corporação deflagrou a operação Hefesto, considerada a maior do Estado em ações contra grupos criminosos. Foram expedidos 25 mandados de prisão, 30 de busca e apreensão e o pedido de bloqueio de 21 contas bancárias. A ação foi comandada pelo delegado Marcus Vinicius Lobo Vieira Leite, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas.

Operação acontece em MG e outros três Estados
Operação acontece em MG e outros três Estados

As investigações começaram em julho de 2018, após uma série de ataques a ônibus e prédios públicos que foram incendiados em várias cidades de Minas Gerais.

Segundo os investigadores, o PCC atua em Minas Gerais há cerca de 10 anos. A facção é dividida em grupos chamados de "sintonias". Cada uma destas divisões fica responsável por cuidar de uma área de atuação do PCC no Estado e tem número de integrantes que varia de acordo com a necessidade.


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Documentos aos quais o R7 teve acesso mostram que entre os envolvidos com a facção em Minas, está o empresário Jeferson Vasquez, preso durante a manhã. Ele se candidatou a deputado federal em 2018 pelo PSB. Os autos apontam que Vasquez é suspeito de financiar a compra de munição para armas de fogo para o grupo.

Na investigação, Vasquez aparece como representante da Afare (Associação dos Familiares e Amigos do Recluso). A reportagem tenta contato com a associação.


Procurado pelo R7,William Ferreira de Souza, advogado que defende Vasquez, negou que o cliente tenha relação com o PCC. Souza informou ainda que o empresário não é membro da Afare e que apenas prestou serviços comunitários à instituição. Contudo, em seu perfil em uma rede social, Vasquez se apresenta como presidente da associação.

— Ele vai provar a inocência na Justiça. Ele é empresário bem-sucedido, tem família constituída e não precisa passar por isso. Ele não tem ligação nenhuma com o PCC.

Procurado, o PSB informou que vai analisar a situação de Vasquez dentro do partido.

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