Perícia avalia se mais 27 pessoas foram contaminadas pela Backer
Até o momento, 29 vítimas constam do inquérito da Polícia Civil mas número pode chegar a 56; oito pessoas morreram devido à intoxicação
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7, com Bárbara Bento, da RecordTV Minas
Vinte e sete pessoas serão avaliadas por uma perícia médica e podem ser incluídas como vítimas de contaminação por dietlenoglicol presente em cervejas da Backer. Caso isso ocorra, pode subir para 56 o número de pessoas que foram afetadas pelo consumo de cervejas da marca Belorizontina contaminadas.
A investigação da PC relaciona, até o momento, 29 pessoas que foram intoxicadas. Oito vítimas faleceram e, as demais, tiveram complicações causadas pela contaminação com a substância tóxica.
De acordo com a Polícia Civil, só entraram no inquérito policial como vítimas, as pessoas que foram incluídas na lista do Cievs-Minas (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais). No entanto, quem relatar sintomas após consumo da bebida será incluída em procedimento preliminar e encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para passar por perícia.
Nesta segunda-feira (15), três pessoas foram descartadas pela Polícia Civil como novas vítimas de intoxicação por dietilenoglicol.
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Inquérito
Após cinco meses, o inquérito policial que investigou o caso foi concluído na última semana com o indiciamento de 11 pessoas. Segundo a PC, houve negligência e imperícia por parte da cervejaria Backer.
Todas elas devem responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, lesão corporal e contaminação alimentícia. A investigação constatou que um dos tanques da cervejaria estava furado e, com isso, o dietilenoglicol acaba jorrando para dentro dele.
A empresa, no entanto, disse não ter culpa no caso e colocou a responsabilidade em seus fornecedores: tanto do tanque como do etilenoglicol.