Polícia Civil indicia três ex-dirigentes do Cruzeiro e empresário
Inquérito diz que ex-cartolas e empresários cometeram crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e associação criminosa
Minas Gerais|Célio Ribeiro*, do R7
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou, nesta segunda-feira (10), três ex-dirigentes do Cruzeiro e um empresário por crimes de apropriação indébita, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Conforme antecipou o jornalista Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas, o inquérito que investiga irregularidades cometidas pelos ex-administradores cruzeirenses durante a gestão do presidente Wagner Pires de Sá, foi enviado hoje ao Ministério Público Estadual.
Relembre o caso
As investigações começaram em maio de 2019, numa operação conjunta entre MPMG e Polícia Civil, e apuram diversas irregularidades, como o uso de direitos de venda de um jogador de 12 anos para quitação de um empréstimo, superfaturamento de serviços, notas frias, comissões abusivas e aumentos salariais de dirigentes.
Veja: Com covid, Itair Machado respira sem ajuda de aparelhos
De acordo com o Ministério Público, o “marco zero” da investigação é o início da gestão de Wagner Pires de Sá, em outubro de 2017. Apesar de ter vencido uma Copa do Brasil e dois Campeonatos Mineiros, a gestão do economista deteriorou as finanças da Raposa e levou o time ao primeiro rebaixamento de sua história.
Segundo o relatório da Moore Stephens Consulting, o clube tem uma dívida maior que R$ 800 milhões, considerada impagável à curto prazo. Uma dessas dívidas fez com que o Cruzeiro fosse punido com a perda de 6 pontos na Série B antes mesmo do torneio começar.
*Estagiário do R7 sob a supervisão de Flávia Martins y Miguel