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Polícia Civil vai investigar sumiço de documentos na BHTrans

Oito caixas com documentos sobre o processo de licitação de 2008 haviam desaparecido e surgiram nesta segunda-feira (13)

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Documentos serão disponibilizados para a CPI, Polícia Civil e Ministério Público
Documentos serão disponibilizados para a CPI, Polícia Civil e Ministério Público Documentos serão disponibilizados para a CPI, Polícia Civil e Ministério Público

A Polícia Civil vai investigar o sumiço de oito caixas com documentos da BHTrans, que gerencia o transporte público de Belo Horizonte, que foram devolvidas na última segunda-feira (10) por um ex-gerente da companhia. A documentação é referente ao processo de licitação que resultou no contrato entre a BHTrans e as atuais concessionárias do transporte na capital mineira, assinado em 2008 e que vence em 2028. 

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a BHTrans estava procurando os documentos desde janeiro deste ano. Nesta segunda, porém, as caixas foram retiradas e entregues na BHTrans por um ex-gerente. 

Segundo o vereador Gabriel Azevedo (sem partido), que preside a CPI da BHTrans, que investiga supostas irregularidades no atual contrato com as empresas de ônibus, o ex-gerente em questão é Adilson Elpídio Daros, que atuava na Gerência de Controle, Estudos Tarifários e Tecnologia da BHTrans. Chefe do setor durante uma auditoria contestada pelo Ministério Público em 2018, ele foi exonerado em agosto deste ano em meio às investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito. A reportagem tenta contato com ele. 

O processo licitatório que resultou no contrato entre a BHTrans e as empresas de ônibus está na mira da CPI, que tem indícios de prática de cartel, dentre outras irregularidades. Os vereadores ainda buscam uma forma de cancelar o contrato para que ele seja encerrado antes de 2028.

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De acordo com nota da prefeitura de BH, a BHTrans vai abrir um processo administrativo contra os responsáveis. Um boletim de ocorrência foi registrado, bem como uma notícia-crime no MPMG (Ministério Público de Minas Gerais). 

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"As caixas com os documentos serão arquivadas no cofre do Centro de Operações da Prefeitura para posterior análise da CPI, Polícia Civil e Ministério Público", informou a prefeitura em nota.

De acordo com o vereador Gabriel, a CPI já tinha solicitado o conjunto de documentos sobre o processo licitatório, mas a direção da BHTrans não encontrava as caixas com os arquivos. 

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— Na semana passada, nos reunimos para tratar do assunto e eu disse que iria aprovar requerimento para ir buscar essa papelada e, se fosse o caso, fazer pedido de busca e apreensão. Agora, temos que ter respostas para essas perguntas: quem fez o contrato sumir? quem deu sumiço? por quê ficou desaparecido tanto tempo?

Extinção da BHTrans 

No mesmo dia em que as caixas foram localizadas, a Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, em primeiro turno, o projeto de lei que extingue a BHTrans e cria, em seu lugar, a Sumob (Superintendência de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte). A proposta teve 37 votos favoráveis e três contrários e, agora, vai tramitar, novamente, nas comissões temáticas antes de seguir ao plenário para votação em segundo turno. 

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