Policial puxa cabelo de faxineira durante abordagem na Grande BH
Mulher tentava impedir prisão do filho durante atendimento de denúncia de tráfico em Ribeirão das Neves
Minas Gerais|Virgínia Nalon, da Record TV Minas
Uma denúncia de tráfico de drogas em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, terminou com seis pessoas detidas. Uma mulher de 51 anos teve o cabelo puxado por um policial ao tentar defender o filho.
Uma jovem de 16 anos e o seu irmão, de 17, foram abordados na porta de casa por policiais militares que investigavam uma denúncia sobre venda de entorpecentes na região. Durante a abordagem, um terceiro irmão, de 25 anos, começou a discutir com os agentes. Na sequência, os policiais deram voz de prisão por desacato.
Os parentes da vítima alegam que ele resistiu à prisão e desmaiou após levar chutes e descargas de uma arma de choque. Vídeos gravados por familiares e moradores do bairro mostram o momento que o jovem é puxado, pelas pernas e braços, por dois agentes.
Na gravação, os familiares xingam os militares e tentam impedir que eles coloquem o suspeito na viatura. Um agente usa a arma de choque em uma mulher que estava no local, enquanto outro dá tiros para o alto.
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De acordo com uma das jovens detidas, que não quis se identificar, a mãe dela tentou segurar o braço de um policial e, por isso, levou um soco no rosto.
A mulher de 51 anos, que é faxineira, tenta sair de perto e voltar para casa, mas é puxada pelos policiais. O vídeo mostra ainda o momento em que a faxineira, algemada, tem o cabelo puxado pelos agentes.
Ação
O comandante da companhia, major Jarbas de Assis, classificou a operação como “bem executada” e reconheceu que, em alguns momentos, a Polícia Militar precisa usar o recurso da força física.
— O uso de força física é um dos subterfúgios da Polícia Militar e nós vamos usar esse recurso contra quem quer que seja. Por trás disso há toda uma legalidade.
Todos os detidos foram levados para a Delegacia de Ribeirão das Neves, e a Polícia Civil anunciou que vai investigar o caso. A Corregedoria da Polícia Militar também informou que vai apurar o possível excesso por parte dos agentes.