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Porteiro confessa ter matado vigia de Ministério em BH, diz polícia

Impasse entre vigilantes e porteiros teria motivado o crime, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

A Polícia Civil revelou, na tarde desta quarta-feira (28), que o porteiro José Martins Dutra, de 44 anos, confessou ter matado a colega de trabalho Maria Rita Pereira da Silva, de 46 anos, na sede do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), durante esta manhã.

O investigado foi preso no início da tarde, enquanto tentava fugir, na rodoviária de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o depoimento, o suspeito tomou a arma da vítima e atirou contra ela após ser advertido que não poderia estar dentro da sala dos vigias, que trabalham armados.

O delegado Frederico Abelha detalha que um desentendimento entre o grupo de vigias e de porteiros da empresa pode ter gerado o atrito. Os agentes não detalharam a motivação da briga entre as categorias.

— A motivação preliminar é que eles vinham tendo discussões em grupos de WhatsApp e, de maneira individual, um contra o outro, entre os vigilantes e os porteiros, chegando então a impedir a entrada deste porteiro nesta sala.


Vítima e suspeito eram funcionários terceirizados
Vítima e suspeito eram funcionários terceirizados

Dinâmica

O investigador Antônio Mariano conta que Dutra chegou para trabalhar uma hora mais cedo do que o habitual. Testemunhas relataram que o suspeito entrou na sala dos vigias e aguardou que Maria Rita voltasse para lá após fazer a última ronda.


— Ao chegar no local, ela discutiu com Dutra, pois ele não poderia estar lá. Eles começaram a brigar e, em determinado momento, ele tomou a arma da mão dela e fez os disparos.

Histórico


A delegada Michele Manzalli conta que esta não é a primeira passagem dele pela polícia.

— O suspeito não aparenta ter problema psiquiátrico e psicológico. Ele já foi investigado em 2003 por homicídio.

Conforme apurado pelo R7, o suspenso foi suspenso por decisão judicial em 2014. A reportagem procurou o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) para saber mais informações sobre a situação de José Martins Dutra na ação e aguarda retorno.

O suspeito vai ser levado para o sistema prisional após a conclusão do depoimento que ainda acontecia durante a tarde. O caso segue em apuração na Polícia Civil. O corpo da vítima foi levado para o IML (Instituto Médico Legal), onde aguarda liberação.

Procurado, o Mapa lamentou o ocorrido e informou que vai colaborar com as investigações. "O fato citado aconteceu com dois funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviços de vigilância para a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. O Ministério da Agricultura lamenta o ocorrido e está colaborando na realização das perícias e investigações necessárias para o trabalho da Polícia", destacou a pasta em nota.

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