Prefeitura confirma segunda morte por febre maculosa na Grande BH
Óbitos aconteceram em menos de cinco dias; havia três casos suspeitos
Minas Gerais|Do R7 *

A Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, confirmou, nesta sexta-feira (27), a segunda morte causada por febre maculosa na cidade. A vítima é o lavrador Adriano Pereira dos Santos Ribeiro, de 42 anos, que morreu na última terça-feira (24).
De acordo com a Prefeitura, Ribeiro era morador de Florestal e mantinha contato diário com vários animais. Após apresentar queixas de náusea, vômito, diarreia e dores na cabeça, abdominal e muscular, ele foi transferido para um hospital particular de Contagem.
Neste ano, a cidade recebeu a notificação de três casos suspeitos de febre maculosa, sendo que todos eles foram de pacientes hospitalizados nas últimas duas semanas. Um deles foi descartado e com diagnóstico positivo para o lavrador, Contagem registra duas mortes causadas pela doença em quatro dias. O primeiro óbito, do marceneiro Aristeu de Souza Lima, de 42 anos, aconteceu no sábado (20).
Transmissão
A frebre maculosa é transmitida pela picada do carrapato estrela contaminado com a bactéria Rickettsia rickettsii. O carrato estrela pode se hospedar tanto em animais silvestres quanto em animais domésticos, mas preferidos deles são os equídeos.
Em setembro do ano passado, um garoto de 10 anos também morreu com a doença após um passeio no Parque Ecológico da Pampulha junto com um grupo de escoteiros. A suspeita é de que ele tenha sido picado por carrapatos das capivaras que vivem no local.
Controle
A Prefeitura de Florestal, bem como a Ses (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) já foram notificadas sobre o caso. Na tarde dessa quinta-feira (26), agentes de saúde e de endemias realizaram ações de prevenção à doença no bairro Nacional, onde Lima morava. Foram distribuídos panfletos sobre os sintomas da doença e os cuidados que a população deve tomar com os animais.
A Prefeitura de BH informou que a remoção para castração dos animais começa nesta sexta. O contrato que "prevê a execução dos serviços de monitoramento, captura, cirurgia de esterilização, devolução do animal ao seu habitat natural (Lagoa da Pampulha) de maneira segura para os roedores e para a população, e acompanhamento pós-cirúrgico" foi assinado nesta quarta. De acordo com a PBH, o prazo para execução do serviço é de 12 meses, mas ele pode ser concluído antes.
* Pablo Nascimento, estagiário do R7