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Prefeitura de BH vai investigar contratos com empresas de ônibus

Grupo de Trabalho para analisar licitação de 2008 é criado após CPI pedir indiciamento do prefeito e de empresários da capital

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Grupo de Trabalho vai investigar documentos da licitação realizada em 2008
Grupo de Trabalho vai investigar documentos da licitação realizada em 2008 Grupo de Trabalho vai investigar documentos da licitação realizada em 2008

A Prefeitura de Belo Horizonte vai investigar os contratos firmados entre a BHTrans, empresa responsável pela gestão do transporte público da capital mineira, e as empresas que venceram um processo licitatório em 2008.

Uma portaria que oficializa a criação de um GT (Grupo de Trabalho) para analisar os documentos foi publicada nesta terça-feira (9), um dia depois que uma CPI sugeriu o indiciamento dezenas de empresários por formação de cartel. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) também virou alvo da comissão, que o acusa de crimes de peculato, prevaricação e condescendência com o crime. 

De acordo com a portaria, o GT vai "apurar supostas irregularidades eventualmente ocorridas no processo licitatório Concorrência nº 131/2008 referente à concessão, pelo Município de Belo Horizonte, dos serviços públicos de transporte coletivo de passageiros por ônibus nas Redes de Transportes e Serviços (RTS) e, ainda, nos contratos de concessão decorrentes desse certame". 

O Grupo de Trabalho será composto por representantes de secretarias, órgãos de controle e da própria BHTrans. Confira a composição:

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– Patrícia de Figueiredo e Paula: Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura

– Osmar Henrique Costa Parra: Secretaria Municipal de Política Urbana

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– Caio Perona: Procuradoria-Geral do Município

– Eduardo Henrique de Tadeu Corrêa: Controladoria-Geral do Município

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– Fernanda Galuppo Amaral: BHTrans.

De acordo com as regras da portaria, o grupo poderá convocar agentes e ex-agentes públicos para prestar esclarecimentos sobre os contratos, solicitar documentos e realizar diligências necessárias para esclarecer os fatos. 

CPI

A CPI da BHTrans, criada pela Câmara Municipal para investigar supostas irregularidades no processo de licitação que definiu as empresas concessionárias do transporte público, terminou seus trabalhos nesta segunda-feira (8). O relatório final do colegiado, que foi aprovado pelos vereadores, recomendou o indiciamento do prefeito Alexandre Kalil (PSD), mais 30 pessoas e duas empresas. 

No caso do prefeito, os vereadores questionam um repasse da prefeitura, no valor de R$ 220 milhões, ao caixa das empresas de ônibus durante a pandemia. Esse repasse foi feito como compra antecipada de créditos de vale-transporte motivada pela queda no movimento de passageiros durante períodos de isolamento social.

Os vereadores vão pedir o indiciamento de Kalil com base em três crimes — peculato, prevaricação e condescendência criminosa —, além de outras três infrações político-administrativas.

Além do prefeito Alexandre Kalil, o relatório da CPI da BHTrans sugere o indiciamento de outras 30 pessoas e duas empresas. A comissão relata que houve formação de duas associações criminosas: uma formada por funcionários da BHTrans e a outra formada por empresários donos de empresas de ônibus. Eles são acusados de formação de cartel. 

Investigação

O relatório final da CPI da BHTrans foi entregue, nesta terça-feira (9) ao Procurador Geral Adjunto, Carlos André Mariani Bittencourt. Quem também recebeu cópia do documento foi a promotora Luciana Ribeiro, na 16° Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo, além do Procurador Geral do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Glaysson Massaria. 

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