Minas Gerais Presidente da Câmara de BH prepara projeto para derrubar aumento da tarifa de ônibus

Presidente da Câmara de BH prepara projeto para derrubar aumento da tarifa de ônibus

Vereador espera conseguir votar a proposta até a próxima semana; veja quais são os próximos passos

  • Minas Gerais | Do R7

Projeto deve ser votado na próxima semana

Projeto deve ser votado na próxima semana

Divulgação/Câmara Municipal Belo Horizonte,

O presidente da Câmara de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido), vai enviar ao Legislativo um Projeto de Resolução com o objetivo de derrubar o reajuste no valor das tarifas de ônibus da cidade.

A informação foi confirmada pelo político, na noite desta quarta-feira (19). "Assim que o decreto sair no Diário Oficial, a Câmara passa agir para derrubar o decreto e voltar a passagem para o outro preço", disse.

O aumento da passagem de R$ 4,50 para R$ 6 começa a valer neste domingo (23). A expectativa do parlamentar é que o Projeto de Resolução seja votado em reunião extraordinária já na próxima semana.

Para começar a tramitar, a iniciativa precisa receber o apoio de 14 vereadores. Segundo Azevedo, as assinaturas já estão sendo recolhidas. Em seguida, será criada uma comissão para avaliar o tema. Quando o grupo emitir um parecer, a proposta será votada em plenário e precisará de 21 votos para ser aprovada.

O texto do projeto, que já foi redigido, avalia o aumento da tarifa como uma "tentativa de constranger o Poder Legislativo a conceder um subsídio de meio bilhão de reais aos empresários de ônibus, interferindo na autônima dos parlamentares e nos processos internos desta Casa".

O argumento foi apresentando, já que a prefeitura informou que o novo valor ficará em vigor até que a Câmara aprecie o Projeto de Lei 538/23, que prevê que as empresas sejam pagas por quilômetro rodado e libera um subsídio de R$ 476 milhões com o objetivo de segurar o valor da passagem.

"Ao chantagear a Câmara dizendo que se um projeto de subsídio de meio bilhão de reais não for entregue, ele é que engana a população porque é muito dinheiro sem aumento de qualidade", critica o presidente do Legislativo.

"Se está tão ruim, porque os empresários não largam o osso?", questionou Azevedo sobre o argumento de que o valor de R$ 4,50 não é capaz de cobrir os custos do serviço, já que o valor não é reajustado desde 2018 e houve encarecimento da operação.

Segundo a Prefeitura de BH, o aumento para R$ 6 foi definido durante reunião no TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) e as empresas de ônibus. As companhias pediam o reajuste para R$ 6,90, já que o subsídio de R$ 237 milhões aprovado em 2022 chegou ao fim no último mês de março.

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