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Presidente da CPI de Brumadinho critica "jogo de empurra" da Vale

Comissões da Assembleia de Minas e da Câmara dos Deputados se reuniram para compartilhar informações sobre as investigações

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7


Deputados das duas CPIs se reuniram em Belo Horizonte
Deputados das duas CPIs se reuniram em Belo Horizonte

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) de Brumadinho na Câmara dos Deputados, Júlio Delgado (PSB-MG) critica o jogo de empurra de funcionários da Vale em seus depoimentos nos colegiados criados para investigar o rompimento da barragem de responsabilidade da mineradora em 25 de janeiro deste ano. 

— Existe um jogo deles de empurra, para jogar responsabilidade para instâncias inferiores. O sentimento que temos é de 'espírito de corpo'. Os depoimentos sempre jogam para um inferior que teria dado aval para o laudo técnico. Esse joga para a (empresa de consultoria alemã) Tüv Süd, que diz que não tem conhecimento. 

Delgado se reuniu nesta segunda-feira (3) com deputados estaduais de Minas para alinhar os trabalhos feitos pelas comissões das duas Casas. O objetivo é compartilhar dados e documentos que foram obtidas por um colegiado com o outro e ampliar o escopo do trabalho. 

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— Vamos alinhar os trabalhos para não fazer nada concorrente. Na Assembleia as questões que envolvem os inquéritos da Polícia Civil estão mais adiantadas. Em Brasília, recebemos alguma coisa da Polícia Federal, avançamos com quebra de sigilo e temos algumas oitivas sendo derrubadas na Justiça.

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Segundo Delgado, a CPI na Câmara dos Deputados deve concluir os depoimentos nos próximos dias e, a partir daí, cruzar informações e aprovar requerimentos para começar a analisar, mais a fundo, os documentos obtidos. O relatório deve ser apresentado em agosto, após o recesso parlamentar. 

Depoimento

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A CPI de Brumadinho na Assembleia de Minas ouviu nesta segunda (3) o diretor-executivo de Ferrosos da Vale, Gerd Peter Poppinga. Segundo na hierarquia da mineradora, o executivo disse desconhecer os contratos com auditoras externas contratadas pela Vale. Ele também negou que tenha sido comunicado sobre os diversos problemas detectados na estrutura desde meados de 2018. 

— O que sabia é que a barragem estava paralisada e estava sendo elaborado um projeto de descomissionamento, mas que ainda precisavam conhecer melhor o interior dela

De acordo com a Vale, a empresa e os funcionários "têm apresentado, desde o momento do rompimento da barragem, todos os documentos e informações solicitados e, como maior interessada na apuração dos fatos, continuará contribuindo com as investigações. Todos os empregados e executivos convocados têm comparecido às sessões da CPI com a disposição de cooperar com os trabalhos, inclusive declinando do direito ao silêncio."

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