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Professores da rede municipal de BH entram em greve até terça (22)

Paralisação foi aprovada após assembleia realizada nesta quarta (16). Rede estadual também cobra o pagamento do piso nacional

Minas Gerais|Túlio Lopes, da RecordTV Minas e Dara Russo*, do R7

Categoria protesta contra o piso salarial
Categoria protesta contra o piso salarial

Os trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte anunciaram, nesta quarta-feira (16), que continuarão em greve pelo menos até a próxima terça-feira (22). A decisão foi votada com 90% de aprovação em uma assembleia da categoria. Os profissionais protestam contra o não pagamento do piso nacional.

Atualmente o salário no primeiro nível para professores em Belo Horizonte é de R$2.473,38. O piso nacional pede uma remuneração de R$3.845,63.

Após a assembleia, os trabalhadores caminharam até a prefeitura, em manifestação, junto de demais trabalhadores da Educação da Rede Estadual e dos servidores federais no Ato Unificado pelo Piso.

A decisão de greve poderá ser revista na terça-feira (22), quando uma nova assembleia será realizada.


A Secretaria de Educação informou que há escolas sem aula na capital, mas soube informar a quantidade oficial de instituições afetadas pela paralisação. O Sind-REDE/BH (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH) informou que 80% das escolas municipais foram afetadas.

Greve dos servidores da educação municipal


Em assembleia realizada no dia 8 de março, os trabalhadores em educação avaliaram os pontos da proposta apresentada pela prefeitura. O município ofereceu um reajuste de 11% dividido de duas vezes, que foi recusado pela categoria. Os trabalhadores exigem negociação em torno de uma proposta que contemple a recomposição do piso, mas que também reflita sobre toda a carreira.

Para cumprir a lei do piso, a proposta do prefeito Alexandre Kalil (PSD) e da secretária de Educação Ângela Dalben elimina sete níveis da carreira da educação e reenquadra os trabalhadores dos níveis abaixo do piso no nível 8. O que na prática representa um achatamento da carreira da Educação Municipal.


Segundo o Sindicato, se essa proposta continuar sendo aplicada a cada vez que o piso for reajustado, em menos de 10 anos o piso chegará ao último nível, achatando a carreira de tal forma que o piso será transformado em teto. Em outras palavras, a carreira da Educação municipal terá apenas um nível e isso fará com que todos os educadores recebam o mesmo salário, independente da formação ou tempo de serviço. "Isso é um retrocesso sem precedentes. Para que haja valorização dos trabalhadores, o reajuste do piso deve estar atrelado a carreira da educação.", afirma o Sindicato.

Greve dos servidores da educação estadual

Em reunião realizada no dia 8 de março, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, os servidores da rede estadual de educação anunciaram greve a partir do dia 9 de março. A ação foi confirmada pelo SindUTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). Os profissionais também reivindicam do Governo Estadual o cumprimento do Piso Salarial da Educação.

De acordo com o SindUTE/MG, o piso salarial foi reajustado em 2022 está em R$ 3.845,63, mas o governo Zema paga às professoras e professores da Rede Estadual apenas R$ 2.135,64.

O Governo de Minas informou que respeita o movimento e que segue negociando com a categoria. "Ressaltamos que no dia 24 de fevereiro, o governador Romeu Zema anunciou o reajuste geral de 10,06% nos salários de todo o funcionalismo público de Minas Gerais. A medida consta de projeto de lei, encaminhado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que prevê que o reajuste correspondente às perdas inflacionárias seja pago a partir da folha de maio - quitada em junho. A medida vale para os servidores ativos, inativos e pensionistas da administração direta e indireta do Estado. Para a área da Educação, o pagamento será retroativo a janeiro deste ano", destacou em nota.

Outro protesto será realizado pelos servidores estaduais nesta quinta-feira (16), às 9h, em frente à Cidade Administrativa. A categoria havia marcado uma reunião com o governo na data, mas a administração estadual não confirmou o encontro.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Rangel

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