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Projeto de reconstrução do distrito de Paracatu de Baixo é aprovado

Comunidade foi uma das destruídas pela lama de rejeitos da barragem da Samarco que rompeu em 2015, deixando desabrigados e 19 mortos

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Ao todo, 365 famílias ficaram desabrigadas
Ao todo, 365 famílias ficaram desabrigadas

Moradores de Paracatu de Baixo, distrito de Mariana, na região central de Minas Gerais, que tiveram suas casas levadas pela lama de rejeitos da barragem da Samarco aprovaram, nesta quinta-feira (13), o projeto de reconstrução da comunidade. Ao todo, 120 famílias do distrito ficaram desabrigadas na tragédia ocorrida em novembro de 2015.

O projeto agradou 97% dos grupos familiares que participaram da assembleia de votação. Segundo a Fundação Renova, entidade responsável pelas ações de reparação dos danos causados pelo rompimento, o reassentamento vai preservar ao máximo o modo de vida dos moradores e características originais da comunidade.

O desenho urbanístico foi baseado em indicações da comunidade, da Comissão de Atingidos, assessoria técnica e do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais).

A área escolhida para abrigar as casas fica em um terreno conhecido como Lucila, que pertence à Mariana. O reassentamento ocupará aproximadamente 65 hectares da área.


Próximos passos

Ainda não há previsão de início para reconstrução dos imóveis, uma vez que o terreno escolhido é rural e precisa passar por mudanças de registro. Para que os trabalhos sejam iniciados, a Renova ainda depende de regularização junto à Câmara e Prefeitura de Mariana e ao Governo do Estado. Segundo a fundação, os trâmites necessários já estão sendo seguidos.

Bento Rodrigues

A lama de rejeitos também destruiu os lares de 225 famílias do distrito de Bento Rodrigues. A comunidade passou pelo mesmo processo de planejamento do reassentamento e as obras começaram no início do mês de agosto. Para lá, a previsão é de que a construção seja concluída em até dois anos.

Tragédia

Além dos desabrigados de Paracatu de Baixo e Bento Rodrigues, moradores de Gesteira também ficaram sem casa na tragédia. Dezenove pessoas morreram e a lama de rejeitos atingiu o Rio Doce, que deságua no oceano Atlântico, no Espírito Santo.

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