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Protestos marcam aniversário de 2 anos de tragédia em Brumadinho

Familiares das vítimas se reuniram na porta do TJMG e em diversos pontos da Grande BH; rompimento matou 272 pessoas

Minas Gerais|Kiuane Rodrigues e Regiane Moreira, da Record TV Minas

Atingidos pela tragédia pedem justiça e reparação
Atingidos pela tragédia pedem justiça e reparação

Familiares das vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão realizaram vários protestos nesta segunda-feira (25), para marcar a data em que a tragédia de Brumadinho completa dois anos.

Em Belo Horizonte, um grupo se reuniu na porta do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais). Com apitos, cartazes e balões pretos, os manifestantes pediram a punição dos responsáveis pelo rompimento. Até o momento, ninguém foi preso ou julgado. 

Uma das manifestantes, a aposentada Bernadete Lopes Moreira, pediu justiça pela morte de seu filho e de outras 271 pessoas.

— Eu espero cadeia e que o registro profissional dessas empresas seja cassado. Elas não têm qualificação para exercer a função que exercem.


Brumadinho: Efeito cascata da tragédia da Vale deixa 52 mil pessoas invisíveis

A fisioterapeuta Jéssica Soares trazia na camisa a foto do irmão e do primo, mortos no rompimento da barragem. Ela questiona a falta de punição aos executivos das empresas envolvidas no incidente.


— Como pode alguém cometer 272 homicídios, um crime ambiental gigantesco, e ninguém ser punido? Nós viemos buscar justiça.

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Mais protestos


Integrantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem) fecharam trechos da rodovia MG-155, que liga Betim a Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. O grupo estendeu cartazes denunciando a falta de reparação às vítimas da tragédia.

Um ato parecido aconteceu em São Joaquim de Bicas. Moradores da cidade alegam que estão sem abastecimento de água por conta das operações da mineradora Vale. Uma das manifestantes, Dinalva Barbosa, afirma que a empresa teria atrasado o fornecimento de água no domingo (24). Ela também fez um apelo à empresa.

— Ontem (25) ela disse que só forneceria água à tarde. Nós gostaríamos de pedir que a Vale deixasse de minerar pelo menos no dia 25 de janeiro, dia em que ela matou várias pessoas.

Outro grupo se reuniu na entrada de Brumadinho e jogou 11 rosas vermelhas no rio Paraopeba. As flores representam as 11 vítimas que ainda não foram localizadas.

Outro lado

Em nota, a Vale informou que não mede esforços para garantir o abastecimento das pessoas impactadas pela interrupção da captação de água no rio Paraopeba.

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