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Relatório de 2016 apontava 695 barragens com potencial de risco

O relatório aponta ainda outra falha que diversos especialistas já afirmaram que foi primordial para a catástrofe de Brumadinho: a falta de fiscalização

Minas Gerais|Beatriz Sanz, do R7

Um estudo publicado pela ANA (Agência Nacional de Águas) em 2016 mostra que o Brasil possuía 695 barragens classificadas com com Categoria de Risco e Dano Potencial Associado altos.

A barragem de Córrego do Feijão, que rompeu na última sexta-feira (25), causando dezenas de mortes e deixando outras centenas desaparecidas, não está na lista publicada.

Isso significa, na prática, que elas tinham suas estruturas e características técnicas, conservação e plano de segurança da barragem comprometidos.

Além disso, em caso de um rompimento, o potencial de perder vidas humanas e causar um grave desastre ambiental são altos.


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O relatório aponta ainda outra falha que diversos especialistas já afirmaram ser primordial: a falta de fiscalização.

A ANA confessa em seu estudo que nem todas as barreiras do país foram classificadas naquele ano. “Verifica-se que somente uma pequena parte do todo foi classificada, mostrando que muito ainda deve ser feito, e as conclusões devem ser utilizadas com cautela”, recomenda o relatório.


Segundo o parecer, a maioria das barragens que apresentam essas características preocupantes estão localizadas nos estados da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O documento foi publicado após o desastre em Mariana e leva a tragédia em consideração, lembrando que em função do desastre, a emissão de novas licenças ambientais foi suspensa.

O estado de Minas Gerais conta com apenas cinco barragens com as classificações elevadas.

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