Roubo a joalheria de shopping em BH completa um ano e ladrões continuam soltos
Para um especialista em segurança, os assaltantes sabiam exatamente o que levar e as peças podem ter sido encomendadas
Minas Gerais|Natália Jael, da Record TV Minas
Neste domingo (07), o assalto a uma joalheria no BH Shopping, na região centro-sul de Belo Horizonte, completa um ano. Até hoje, os criminosos, que levaram 13 relógios avaliados entre R$40 mil e R$300 mil, não foram presos. Os objetos também não foram recuperados.
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O assalto aconteceu no último andar do shopping, na véspera do dia das mães. O local estava lotado, e os clientes ficaram assustados com a movimentação dos criminosos. Imagens registradas pelos clientes mostra a correria nos corredores. Na praça de alimentação, muita gente se escondeu embaixo das mesas.
Em poucos minutos, eles entraram no shopping, foram até a joalheria que pertence a uma famosa rede nacional e roubaram 13 relógios. Imagens do circuito interno mostram que um dos homens já entrou com arma na mão, rendendo a funcionária. Em seguida, fugiram pelas ruas de um dos bairros mais movimentados da cidade.
Para o especialista em segurança Jorge Tassi, os assaltantes sabiam exatamente o que levar e as peças podem ter sido encomendadas.
“As peças provavelmente já tinham seu cliente específico ou um mercado próprio. A organização criminosa fez com que um produto tão caro pudesse ser absorvido de forma muito rápida no mercado, isso faz com que aumente-se a eficiência da prática do delito”, explicou Tassi.
Segundo a polícia, quatro homens entraram na loja e outros três ficaram no estacionamento. Os carros usados na fuga foram abandonados em uma rua do bairro Belvedere. Os criminosos colocaram fogo em partes dos veículos para dificultar a identificação. A fuga por um lugar de muito movimento pode ter ajudado os bandidos a não serem identificados e presos.
“O fato de nós termos muito trânsito pode ser um facilitador em determinadas circunstâncias, porque aquele veículo consegue se camuflar entre outros veículos”, explicou o especialista.
Para Tassi a quadrilha planejou cada detalhe do crime para dificultar o trabalho da polícia. “Crime organizado é uma ação orquestrada, estruturada, planejada anteriormente. O modus operandi foi previamente ajustado para enganar a polícia".
Ação semelhante
Em maio do ano passado, uma ação semelhante foi registrada em uma joalheria de um shopping, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Um homem que se passou por cliente, anunciou o assalto, pegou uma arma e mostrou para a funcionária. Vários produtos foram colocados na mochila. Em seguida, ele fugiu correndo.
Um comparsa aguardava por ele em uma moto, no estacionamento. Os dois também não foram identificados.