A ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas pode causar diversos sintomas, os quais, em sua maioria, são gastrointestinais. No entanto, uma evolução do quadro pode levar à aparição de sintomas neurológicos e ao óbito do paciente. A Prefeitura de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, investiga se duas mortes na cidade estão ligadas a possível intoxicação por bebida adulterada. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto A prefeitura informou que a suspeita de intoxicação por ingestão de bebida alcoólica adulterada acontece quando um determinado grupo de pessoas que consumiu as mesmas bebidas em um mesmo estabelecimento, ou originadas de um mesmo local, apresentam sintomas como confusão mental, vômitos, dificuldade para falar, coordenação prejudicada, respiração lenta, palidez, diminuição da temperatura corporal, dificuldade para se manter acordado ou perda de consciência. A médica nefrologista Livia Vasques explica que o nível de intoxicação varia de acordo com diversos fatores. "Depende do limiar de toxicidade daquela substância, depende da pessoa que adquiriu aquela substância, como ela está mais ou menos suscetível a sofrer algum tipo de intoxicação", disse. A especialista afirma que, na maioria das vezes, os casos de intoxicação alimentar são leves, mas que podem evoluir para situações mais graves, especialmente quando se trata de pacientes com alguma morbidade. "Uma condição mórbida associada coloca o paciente em uma situação de ser mais suscetível a ter complicações de outras doenças que uma pessoa que não tem problema de saúde, talvez não teria tantas consequências", explica. Caso alguém sinta algum desses sintomas, a Prefeitura de Betim orienta a pessoa a buscar atendimento médico imediatamente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em casos de sintomas mais graves e urgentes, a orientação é que chame o Samu para prestar o socorro.Relembre o caso A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta segunda-feira (18), um homem, de 58 anos, suspeito de comercializar uísque adulterado em Betim, na Grande BH. A polícia ainda investiga se a substância está ligada à morte de duas pessoas e contaminação de outras sete com sintomas de hepatopatia e intoxicação exógena. A morte de um operador de produção metalúrgica, de 34 anos, seria um dos óbitos investigados por intoxicação possivelmente ligada a consumo da bebida adulterada. Segundo um parente de Jeosadaque Rodrigues, o jovem teria desmaiado e foi levado a uma unidade de saúde na segunda-feira (11). Rodrigues morreu na quarta-feira (13), após ter uma piora em seu quadro de saúde e sofrer oito convulsões e duas paradas cardiorrespiratórias. No quadro de sintomas registrados até então, estavam dor estomacal, vômito e evacuação com manchas de sangue e dificuldade de urinar. A Prefeitura de Betim alegou proteção de dados ao não confirmar se Jeosadaque Rodrigues está entre os óbitos em investigação.
