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Samu de BH leva dois pacientes com suspeita de covid-19 em ambulância

Situação foi registrada em ao menos três chamados registrados nos últimos dias; Samu confirma e cita protocolo "excepcional" par a prática

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Ambulâncias têm levado até dois pacientes
Ambulâncias têm levado até dois pacientes

Ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) têm transportado dois pacientes com suspeita de covid-19 em uma mesma ambulância em Belo Horizonte. O Samu confirma a prática e diz que há um "protocolo excepcional" que permite esse tipo de transporte em meio à pandemia de covid na capital mineira

A reportagem teve acesso a três chamados registrados nos últimos dias que mostram, inclusive, pacientes de 73 e 80 anos com suspeita da doença compartilhando a mesma viagem. Idosos são as principais vítimas da covid-19 e respondem por 61 dos 82 óbitos registrados em Belo Horizonte até esta quinta-feira (18). 

Em outra situação, uma paciente de 66 anos compartilhou o mesmo veículo com um homem de 58 anos. Eles saíram da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Pampulha em direção ao hospital da Santa Casa, a 14 km de distância. 

De acordo com o Sindbel (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte), a situação se agravou após a flexibilização do isolamento social na capital mineira. A cidade está na segunda etapa da reabertura gradual, com 93% dos estabelecimentos comerciais liberados para funcionamento. A primeira etapa teve início no dia 25 de maio


O gerente do SAMU em Belo Horizonte, Roger Lage, confirma a situação. Segundo ele, há um protocolo "excepcional", que não é norma padrão do sistema para o transporte de dois pacientes com suspeita de covid-19 "que estejam saindo de uma mesma unidade e serão internadas em uma mesma unidade". 

— Não há risco significativo de contaminação cruzada. Não estamos produzindo malefício adicional aos pacientes quando são transportados dessa forma. ]


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Segundo Lage, o procedimento se justifica porque o SAMU, com isso, tenta ser mais "eficiente", reduzindo o tempo de espera nas UPAs e nos centros de saúde. 

— Isso é feito de maneira técnica, com uso de EPIs [Equipamentos de Proteção Individual], máscara cirúrgica e evitando acompanhamento familiar. 


Desinfecção

Ainda de acordo com o Sindbel, também há problemas com a desinfecção das ambulâncias. Segundo o sindicato, os servidores passaram a fazer a limpeza dos veículos e não mais uma empresa especializada na higienização do local. 

No entanto, segundo Lage, há dois procedimentos de desinfecção. Um deles é feito pela equipe de técnicos e enfermeiros do Samu com uso de água, sabão e água sanitária, do chão ao teto da ambulância. 

— Faz parte da educação dos técnicos e enfermeiros e é obrigação profissional que pode e deve ser feita regularmente. 

Ainda de acordo com Roger Lage, a desinfecção pela empresa terceirizada continua sendo realizada, a cada seis horas ou entre atendimentos de tipos diferentes. 

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