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Se barragem romper, moradores têm uma hora para deixar casas

Nível de risco da estrutura da Vale em Barão de Cocais (MG) foi elevado ao grau máximo; Defesa Civil diz que tempo de salvamento é suficiente

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

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Risco de rompimento de barragem deixa moradores em alerta em Barão de Cocais
Risco de rompimento de barragem deixa moradores em alerta em Barão de Cocais

A Defesa Civil de Minas Gerais informou neste sábado (12) que em caso de rompimento da barragem da Vale em Barão de Cocais, a 93 km de Belo Horizonte, cerca de 9.000 moradores têm uma hora e doze minutos para deixar suas casas.

O tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador adjunto do órgão, afirma que o tempo é suficiente para uma evacuação segura. Mesmo assim, a força-tarefa formada pela Defesa Civil estadual e municipal, Corpo de Bombeiros e PM (Polícia Militar) preparam um treinamento de fuga que deve ser feito com os moradores até a próxima segunda-feira (25).


— Se a barragem romper agora, a PM tem toda condição de retirar estas pessoas, mas o plano que estamos montando vai facilitar uma coordenação para que isso aconteça.

O prefeito da cidade, Décio Geraldo dos Santos, alertou que a população não deve entrar em pânico, já que as equipes de defesa estão trabalhando para garantir a segurança de todos e pelo fato de não ter ocorrido o rompimento.


Risco de rompimento de barragem em Minas mobiliza força-tarefa

— Eu estou tranquilo porque o tenente-coronel Godinho me garantiu que não deixará Barão de Cocais enquanto toda a população estiver munida de informações.


Os moradores em questão vivem na segunda área de risco em caso de uma tragédia, como a ocorrida em Brumadinho, no dia 25 de janeiro. A população que mora na região de autossalvamento, a que fica mais próxima à barragem, já foi levada para hotéis da cidade no dia oito de fevereiro.

Risco


Na noite desta sexta-feira (22), as sirenes de alerta da barragem voltaram a tocar em Barão de Cocais, após o nível de risco ter sido elevado para 3, o maior da escala.

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Segundo Marcelo Klein, coordenador do Comitê de Respostas Imediatas da Vale, a medida foi tomada depois que dois sistemas que monitoram a estrutura apresentaram dados divergentes. Assim, a empresa contratada para verificar a estabilidade, se recusou a emitir o laudo.

— Como medida de prevenção, a partir do primeiro momento em que um dado foi divergente, nós tomamos a medida drástica de elevar o nível de dois para três e tomar as medidas previstas no protocolo para garantir a segurança da população.

Como medida de correção, a Vale estuda construir um dique abaixo da estrutura para reduzir a velocidade da lama de rejeitos, em caso de rompimento. De acordo com Klein, ainda não é possível garantir manutenção direta na barragem devido ao risco de estouro.

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