Um dia após uma van escolar cair em um barranco em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, uma adolescente de 16 anos que estava no veículo relembra os momentos de despero.
Nataly Mariane já voltava da escola na hora da batida. Ela relatou que demorou a perceber que algo estava errado, mas que, quando notou que iria bater, segurou no banco. "No momento eu estava com fone de ouvido escutando música, aí eu vi que a van estava acelerando demais e o pessoal estava gritando pelo motorista. Só percebi que realmente estava errado quando a van entrou no mato. Eu só segurei forte no banco e depois disso eu não lembro muita coisa", conta.
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A adolescente, que teve ferimentos leves, contou que se levantou após o acidente e estava em cima de várias crianças. "Só sei que bateu. As crianças gritavam e eu estava meio sem entender o que tinha acabado de acontecer. A única coisa que consegui fazer foi sair da van", relata Nataly.
Segundo a Prefeitura de Santa Luzia, a van estava com documentação irregular e já havia sido notificada pela secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Transporte da cidade.
Nataly, em conversa com a reportagem, relatou que o veículo já havia apresentado defeitos mecânicos diversas vezes, sendo substituído por outro carro para levar os alunos à escola.
A mãe da adolescente, Luziana Soares, afirmou que não sabia dos problemas. "Eu não fazia a mínima ideia de que ela estava totalmente irregular".
Felizmente, Nataly teve apenas um ferimento na cabeça e escoriações no braço e na boca. "Foi muito desesperador. Eu não queria acreditar que tava acontecendo aquilo, então eu só fiquei lá parada", conta.
Relembre o caso
O acidente aconteceu na manhã desta terça-feira (14). A van descia uma rua do bairro Duquesa II quando o motorista perdeu o controle, caiu em um barranco e parou ao bater em uma árvore. A causa do problema ainda é desconhecida.
Após o acidente, 15 crianças ficaram feridas, uma delas em estado grave, segundo o Corpo de Bombeiros. Elas foram levadas para o Hospital João 23, UPA São Benedito e Hospital Risoleta Neves.