Substância anticongelante tóxica é encontrada em outros lotes de produtos da empresa Bassar
Análises foram feitas nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA); os resultados são preliminares e foram divulgados nesta sexta-feira (9)
Minas Gerais|Ana Luisa Sales * e Antonio Paulo, Do R7
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), informou, nesta sexta-feira (09), que foi detectada substância anticongelante, monoetilenoglicol, em outros lotes de produtos de alimentação animal da empresa Bassar. As análises foram feitas nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) e os resultados são preliminares.
De acordo com o Ministério, a contaminação dos petiscos se deu na utilização da substância propilenoglicol - que serve como umectante de produtos alimentícios de animais -, contaminada com o anticongelante. No entanto, o Mapa esclareceu que ainda não detectou a origem do propilenoglicol utilizado. Isso acontece por conta da dificuldade de rastrear os fornecedores em razão da falta de registro dos estabelecimentos no Ministério.
Lotes
Diante da situação, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal determinou, nesta sexta-feira (09), que empresas fabricantes de alimentos mastigáveis devem indicar ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) os lotes do aditivo propilenoglicol existentes em estoques, os fabricantes e as importadoras.
Já os fabricantes de aditivos que elaboram ou importam propilenoglicol devem informar ao SIPOA sobre a fabricação, importação e compra de propilenoglicol em território nacional desde dezembro de 2021. Além de identificar os lotes, o quantitativo e as origens dos produtos.
As empresas terão o prazo de 10 dias para cumprir com as determinações do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. A instituição informou,também, que a não comunicação será entendida como não utilização de propilenoglicol e que as empresas serão fiscalizadas.
*Estagiária sob supervisão de Ricardo Vasconcelos