Suplente de vereador cassado em BH é réu por desvio em sindicato
Ronaldo Batista Morais (PMN) tomou posse nessa segunda (5); ele é réu em processo por desvio de dinheiro de sindicato e está com bens bloqueados
Minas Gerais|Ezequiel Fagundes e Enzo Menezes, da RecordTV Minas
O novo vereador de Belo Horizonte, Ronaldo Batista de Morais (PMN), que assumiu o cargo após a cassação de Cláudio Duarte (PSL), é réu e está com os bens bloqueados em processo no Tribunal Regional do Trabalho. Morais presidiu o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTR - BH).
Segundo despacho do juiz Alfredo Massi, com base em denúncia apresentada pelo Ministério Público do Trabalho, Morais e outras 10 pessoas são réus "em razão de má administração do sindicato, como desvio, dilapidação e malversação do patrimônio da entidade, descumprimento de acordo judicial e apropriação indébita".
Por causa do processo, o parlamentar teve os bens bloqueados. Em entrevista, o advogado do político, Ney César Pena de Azevedo, afirmou que não pode fazer comentários, pois parte do processo corre em segredo de Justiça.
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"O caso está em fase de apuração. Não existe nada comprovado daquilo que foi alegado pelo Ministério Público. Ele tem bens bloqueados, sim. Como algumas peças do processo correm em segredo, não posso entrar em detalhes", declarou.
Em nota encaminhada à reportagem, a assessoria de imprensa de Ronaldo Batista de Morais afirmou que o processo corre em segredo de Justiça e se refere a uma antiga gestão do sindicato. "Herdamos na época um sindicato repleto de problemas e, infelizmente, caiu nas nossas costas às (sic) mazelas das gestões anteriores."
Na eleição de 2016, quando ficou como suplente, Morais declarou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) possuir R$ 760 mil em bens. Na lista, consta três carros, sendo um deles de mais de R$ 100 mil, dois imóveis, e aplicações financeiras.
O parlamentar tomou posse, nesta segunda-feira (5), na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Ele entrou no lugar de Cláudio Duarte (PSL), o primeiro vereador a ser cassado na história da capital mineira, acusado de extorquir parte do salário dos assessores, prática conhecida como "rachadinha".