Supostos desvios milionários de verbas na Câmara Municipal de BH completaram um ano sem qualquer tipo de punição. Na época, o vereador Wellington Magalhães (Podemos) foi apontado como principal suspeito de comandar um esquema de fraude em licitação de publicidade. A Vara de Inquéritos do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, determinou o afastamento dele do cargo por 60 dias e autorizou condução coercitiva. Também foram determinadas buscas e apreensões de documentos do parlamentar na Câmara, em sua casa e em um sítio localizado em condomínio de luxo do político.Leia mais notícias no Portal R7 O grupo suspeito, que é composto pelo vereador e por mais seis pessoas, é investigado pela prática de crimes de corrupção, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e fraude em licitações na contratação de serviços de publicidade pela Câmara Municipal de BH. Em 2013 e 2014, o valor destinado para publicidade pela Câmara era de R$ 7,5 milhões. Já em 2015, o valor subiu para R$18 milhões. A investigação foi suspensa em abril deste ano, quando o desembargador Paulo Cézar Dias atendeu o pedido da defesa, sob o argumento de que a irmã do vereador, a deputada estadual Arlete Magalhães (PV), detentora de foro privilegiado por causa do cargo, estava entre os investigados. O caso ficou parado por cinco meses. Em agosto,os 20 desembargadores do órgão especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais votaram a favor da retomada das investigações e o inquérito foi encaminhado novamente para a Polícia Civil. Até hoje, ninguém foi indiciado.* Matheus Renato Oliveira, estagiário do R7