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Vacinas aplicadas em empresários de Minas Gerais podem ser falsas

PF encontrou frascos de soro, seringas e um calendário de vacinação na casa da suposta enfermeira que teria feito a venda

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

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Polícia apreendeu material na casa de suspeita
Polícia apreendeu material na casa de suspeita

A Polícia Federal investiga se são falsas as vacinas contra covid-19 compradas clandestinamente por empresários e aplicadas em mais de 50 pessoas em uma garagem de ônibus de Belo Horizonte.

Durante buscas realizadas na casa da suposta enfermeira que teria vendido e aplicado os imunizantes, nesta terça-feira (30), os agentes encontraram caixas de isopor, seringas e soro fisiológico. No local também havia um cronograma que citava "vacina covid Pfizer", acompanhado da data 24 de março de 2021. Ao lado foi escrito o dia 18 de março.


Veja: Empresários confirmam compra clandestina de vacina em MG, diz PF

Fontes ligadas à investigação relataram à reportagem que os insumos não estavam refrigerados, o que reforça a possibilidade dos imunizantes terem sido forjados.


A mulher que seria responsável pela negociação é Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas. Na internet, ela se apresenta como técnica de enfermagem e cuidadora de idosos. A suspeita foi levada para prestar esclarecimentos durante as buscas e pode responder por estelionato e falsificação de medicamentos.

Segundo a PF, Cláudia já tem registro policial por furto e teria negociado as supostas vacinas contra a covid-19 com outras pessoas.


A outra possibilidade levantada pelos investigadores é de que os imunizantes tenham sido importados ilegamente de outros países ou desviados do Ministério da Saúde. Em contato com o R7, a Pfizer já havia negado "qualquer tipo" de venda de vacinas para a iniciativa privada tanto no Brasil, quanto em outros países.

Operação


Durante a tarde desta terça-feira (30), a Polícia Federal realizou a segunda operação relacionada ao caso revelado pela revista Piauí na última semana. O filho de Cláudia, Igor Torres de Freitas, também é apontado como articulador do esquema de vendas de vacina. Ele foi levado para prestar esclarecimentos na sede da PF.

O genro da cuidadora de idosos também foi levado para prestar depoimento e não ficará preso. Ele seria o motorista que levou Cládia ao galpão da empresa Coordenadas, ligada ao Grupo Saritur, para aplicar o medicamento, no dia 23 de março. A reportagem tenta contato com a defesa da família.

Na última sexta-feira (26), a Polícia Federal realizou a primeira operação relacionada ao caso, fazendo buscas no galpão das Coordenadas, após o R7 divulgar imagens da vacinção clandestina. Uma lista com os nomes de 57 possíveis vacinados foi encontrada no local. Segundo os delegados, todos eles vão ser ouvidos nos próximos dias.

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