A Justiça de Belo Horizonte determinou em audiência nesta terça-feira (23) que a Vale repasse ao Governo de Minas pouco mais de R$ 13 milhões. Esse dinheiro foi destinado pelo Executivo mineiro a outros governos estaduais que enviaram bombeiros para atuarem no processo de resgate de vítimas da tragédia de Brumadinho, em janeiro do ano passado. Após o rompimento da barragem B1 da mina do Córrego do Feijão, na cidade da região metropolitana, que matou 270 pessoas, os governos de 11 estados e do Distrito Federal enviaram militares para auxiliar o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais na maior operação de busca e salvamento do Brasil. Os Estados que participaram das buscas foram: Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Sergipe e Rio Grande do Sul. Esse recurso será retirado das garantias em dinheiro, já retidas nos autos. Shopping das Minhocas Durante a audiência, o Ministério Público de Minas Gerais colocou em discussão a possibilidade de um pagamento emergencial os produtores de minhoca que foram afetados pela tragédia. O local é popularmente conhecido como "Shopping das Minhocas". Essas pessoas vivem em comunidades próximas à BR-040, às margens do rio Paraopeba, e vendiam minhocas a quem costuma pescar na região. O rio foi atingido pela lama de rejeitos e diversas atividades econômicas que dependiam do curso d'água foram afetados. Segundo o promotor André Sperling, os moradores estão passando por dificuldades financeiras e de alimentação. Durante a audiência, os representantes da Vale aceitaram a tentativa de um acordo com os produtores de minhoca, mediado pelo MP e a Defensoria Pública de Minas Gerais.