Vereador de BH é alvo do segundo pedido de cassação em dois meses
Wellington Magalhães é suspeito de desviar dinheiro de contratos de publicidade da Câmara Municipal, quando ele era presidente da Casa
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
Um advogado protocolou, na noite desta terça-feira (6), um novo pedido de cassação do mandato do vereador de Belo Horizonte Wellington Magalhães (DC), por quebra de decoro parlamentar – infranção que ocorre quando as ações do político afetam a imagem do Legislativo.
O pedido foi feito pelo advogado Mariel Marley Marra, baseado em um parecer que o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) enviou à Justiça na última semana. No documento, o órgão acusou o vereador de receber R$ 1,8 milhão em propina e pediu o bloquei de bens e afastamento do político.
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Marra foi o segundo a pedir o fim do mandato de Magalhães este ano. No mês de junho, o vereador Mateus Simões (Novo) também entrou com uma ação contra o colega parlamentar. De acordo com a Câmara Municipal, os dois processos são analisados pela procuradoria. Em seguida, os documentos serão enviados à diretoria do legislativo, que vai decidir se continua ou não as investigações.
A reportagem tenta contato com a defesa de Wellington Magalhães.
Denúncias
Wellington Magalhães foi preso em 2018 suspeito de participar de um esquema de desvio de dinheiro de contratos publicitários da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Segundo o MP, os crimes teriam acontecido enquanto o político era presidente da Casa.O parlamentar foi afastado das atividades legislativas e ficou 36 dias preso.
Um ano após a operação que culminou na sua prisão, Magalhães voltou ao cargo, no dia 17 de junho deste ano. Desde então, o político cumpre sua agenda usando uma tornozeleira eletrônica.