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Vítimas de barragem em Mariana, 83 famílias vão receber indenização

Familiares e a Fundação Renova entraram em acordo sobre valores; até o momento, R$ 40 milhões foram pagos em indenização extrajudicial

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Povoado de Bento Rodrigues foi arrasado pela lama em 2015
Povoado de Bento Rodrigues foi arrasado pela lama em 2015

Três anos e oito meses após o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, na região Central de Minas Gerais, 83 pessoas serão indenizadas pela Fundação Renova, entidade que representa as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton e que foi criada para lidar com a reparação dos danos causados pela tragédia ambiental. 

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Os acordos individuais têm valores específicos para cada uma das famílias atingidas e são confidenciais, de acordo com a Fundação Renova. Até o momento, 109 acordos extrajudiciais foram firmados e outros 19 foram recusados. Ao todo, essas indenizações representam R$ 65 milhões, dos quais, ainda segundo a Fundação, R$ 40 milhões foram pagos. 

"Dos valores pendentes de pagamento, a maioria refere-se a acordos envolvendo incapazes, para os quais, o pagamento somente é realizado após a homologação judicial", diz a Fundação Renova. 

Tragédia

Em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão, de responsabilidade da Samarco, se rompeu em Mariana. Ao todo, 19 pessoas morreram, as comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo foram arrasadas e os 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro foram lançados no rio Gualaxo do Norte e contaminaram os 670 km do leito do Rio Doce, até o litoral do Espírito Santo. 

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