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Vizinhos buscam família de idoso para impedir enterro como indigente

Aposentado morreu em casa de repouso em Santa Luzia, na Grande BH e corpo está no IML

Minas Gerais|Do R7 com Record Minas

Amigos afirmam que ele era considerado parente querido
Amigos afirmam que ele era considerado parente querido

Amigos e antigos vizinhos de um idoso que morreu em um asilo de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, no último dia 26, lutam para impedir que ele seja enterrado como indigente. Raul Pereira de Souza não possui familiares próximos conhecidos e, por isso, o corpo dele está retido no IML (Instituto Médico Legal).

A família de Maria Vieira Guimarães, uma das vizinhas dele, cuida de Souza desde que ele ficou sozinho após a morte da mulher, em 1999. Segundo ela, nos últimos tempos, no entanto, o idoso precisava de cuidados específicos e, por isso, ela e outros amigos se reuniram para colocá-lo em uma casa de repouso. Agora, ela se desespera diante da possibilidade de ver o homem ser enterrado sem amparo, já que o conhece há cerca de 40 anos.

— Ele era uma pessoa completamente sozinha na vida, as únicas pessoas que ele conhecia eram eu e meus três filhos, era considerado como um parente querido.

A mulher ressalta que pede à Justiça para enterrar seu amigo com dignidade. A Polícia Civil de Minas Gerais informou, no entanto, que somente parentes de 1º grau podem liberar o corpo, em um prazo de dez dias. Caso contrário, ele deverá ser enterrado em uma cova comum.


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A história de Souza é sofrida: ainda adolescente, com 15 anos, ele foi vendido junto com o irmão para um fazendeiro do Paraná. O jovem deixou a cidade de Teófilo Otoni e seguiu para a propriedade rural, onde trabalharia em uma plantação de milho. No entanto, descobriu que o intuito do fazendeiro era que ele fizesse parte de uma espécie de treinamento para "pistoleiros". Desesperado, Souza e o irmão conseguiram fugir para o Rio de Janeiro e, em seguida, para Belo Horizonte, onde ele construiu sua vida.


Diante da trajetória de vida do idoso, os amigos lamentam o destino que seu corpo possa ter, agora que morreu.

— Não é justo ele ser enterrado como indigente, porque até funerária ele pagava. É muito triste ver um ser humano ser enterrado assim, sendo que em vida ele já sofreu muito.

O diretor do IML se comprometeu a avisar os vizinhos quando o sepultamento for marcado.

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