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Volta às aulas em MG pode expor 1 milhão de pessoas em grupo de risco

Fiocruz afirma que MG tem 1 milhão de pessoas em grupo de risco com crianças em casa; volta às aulas pode aumentar circulação do vírus

Minas Gerais|Célio Ribeiro*, do R7

1 milhão em grupo de risco vivem com crianças em casa
1 milhão em grupo de risco vivem com crianças em casa

Um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostra que a volta às aulas em Minas Gerais pode aumentar o risco de contaminação pelo novo coronavírus a 1 milhão de mineiros que estão no grupo de risco para a doença e podem ter complicações caso sejam infectados. 

Ainda não há data para o retorno das aulas na rede pública estadual, mas o governador Romeu Zema (Novo) prometeu aulas presenciais no segundo semestre de 2020.No caso da rede pública de Belo Horizonte, também não há previsão para a volta às aulas. As escolas particulares já entregaram um protocolo para o retorno seguro às atividades, mas aguardam autorização das prefeituras de cada cidade. 

De acordo com a pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (22) pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, são cerca de 9,3 milhões de pessoas no país que pertencem ao grupo de risco e vivem na mesma casa que crianças e adolescentes em idade escolar. E o número pode ser ainda maior, já que o estudo se baseou nos dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) de 2013.

Veja: Justiça libera aulas em escola da FAB que teve 204 alunos com covid-19


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Minas Gerais é o segundo estado com mais pessoas nesta situação. O primeiro colocado é São Paulo, com 2,1 milhões de adultos e idosos no grupo de risco e com crianças em casa. Em terceiro lugar aparece o Rio de Janeiro, com 600 mil pessoas.

Critérios para o retorno


O relatório da Fiocruz também apontou vários critérios para que a volta às aulas seja feita de forma segura. Segundo o texto, os alunos precisam estar higienizados e ficar a uma distância de 2 metros dos outros estudantes.

O estudo também recomenda que os municípios tenham, no mínimo, 30% dos leitos hospitalares disponíveis, além de diminuição constante no número de infecções, mortes e ocupação de leitos. Em Belo Horizonte, por exemplo, a ocupação de leitos estava em 91% na última terça-feira (21) e, em Minas Gerais, o número de infecções e mortes permanece altos.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli

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