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Avião com 1,3 tonelada de cocaína pertence ao governo de um país?

Polícia Federal apreendeu a droga em jato que já pertenceu ao governo turco, mas é atualmente de uma companhia privada

MonitoR7|Do R7

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Publicação afirma, erroneamente, que o jato que foi apreendido pela PF ainda pertence à Turquia
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Publicação afirma, erroneamente, que o jato que foi apreendido pela PF ainda pertence à Turquia .

Com a apreensão de 1,3 tonelada de cocaína em jatinho, em Fortaleza(CE), muitos usuários de redes sociais notaram que a aeronave é decorada com as cores da Turquia e até a bandeira daquele país. Foi o suficiente para começarem a especular sobre a relação do governo turco com a propriedade, chegando até indicar um possível envolvimento com o tráfico internacional de drogas. Um post chegou a receber centenas de likes e retweets.

Este caso ficou famoso por um vídeo divulgado pela Polícia Federal, que mostra o momento em que o policial ordena que o passageiro e o comandante do jato abram uma das malas. Após um teste rápido, detectou-se que o conteúdo dos tabletes era cocaína.


O jato, de matrícula TC-GVA e serial 1043 é um Gulfstream G-IV e foi produzido em 1987, como mostram diversos sites especializados em registros de aeronaves. De fato, ele já pertenceu ao governo turco, com uma matrícula diferente (TV-ATA), e servia como transporte para as altas autoridades do país. Inclusive, foi comprado pelo ex-presidente e ex-primeiro ministro, Turgut Özal.

A aeronave foi vendida e substituída por uma versão mais nova, segundo um dos maiores portais de notícias da Turquia, Cumhuriyet. No site Jetphotos, as fotos tiradas da aeronave datam até 2016 como propriedade do governo turco. Já em 2018, a posse aparece como "privada". O comprador do jato e atual dono é a empresa ACM Airlines, especializada em voos fretados e sediada em Istambul, uma das maiores cidades da Turquia.


A ACM Holding divulgou um comunicado a respeito da apreensão de cocaína, afirmando que seu avião foi alugado por um passageiro com passaporte espanhol. “O cliente em questão e seus itens pessoais não têm qualquer conexão com nossa empresa ou tripulação de vôo e a inspeção dos pertences do passageiro está totalmente sob a autoridade do aeroporto”, disse a empresa.

O passageiro espanhol, dono das bagagens, e o comandante turco do jato foram presos e encaminhados ao presídio. Os outros três membros da tripulação foram liberados.

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