O brinquedo 'Meu Primeiro Vape' existe mesmo ou é apenas um meme?
Caixa com imagens de bebês utilizando cigarro eletrônico tem causado confusão entre usuário de redes sociais
MonitoR7|Do R7
Há anos, uma caixa colorida com imagens de bebês estampadas tem gerado revolta entre os internautas. Isso porque o suposto produto, intitulado My First Vape (Meu Primeiro Vape, em tradução literal), seria um incentivo ao uso de cigarros eletrônicos para essa faixa etária. Mas o brinquedo existe mesmo ou é apenas mais um meme?
Conforme apuração feita pela agência de notícias Reuters, a primeira imagem com os bebês usuários de vape foi compartilhada em 2017, no Twitter e no Facebook, por meio dos perfis mantidos pelo profissional de marketing Adam Padilla, de Nova York.
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"Droga, eles têm vapes para bebês agora", escreveu na legenda o autor da postagem.
Já na época, um comentarista da publicação alertava Padilla de que isso seria "levado a sério pelos idiotas". Logo, tudo não passa de uma piada — na mesma linha de outras já compartilhadas pelo marqueteiro:
"Americanos não têm cultura? Boa tentativa", diz a legenda da postagem, que apresenta um kit fictício para cirurgias plásticas infantis.
O criador do meme 'Meu Primeiro Vape'
Em entrevista ao site especializado em vapes, Ecigclick, Padilla relatou ter causado furor não apenas entre pessoas preocupadas com a saúde das crianças, mas também entre usuários de cigarros eletrônicos. "De alguma forma, o meme causou muitas respostas apaixonadas na comunidade vape, especialmente no Facebook, em que algumas pessoas pensaram que eu estava tentando encerrar a indústria de vape, ilustrando como os profissionais de marketing atraem as crianças", explicou.
"Algumas até conferiram o site da minha empresa, viram a Pfizer entre minha lista de clientes anteriores e presumiram que haviam me pagado para criar o meme", acrescentou. O que ele garante não ter nada a ver com a realidade: "Não sou ativista e, certamente, não tenho uma agenda antivape. Sou designer, escritor de profissão e construí minha conta [nas redes sociais] do zero ao longo de quatro anos".
O profissional também revelou de onde tira a inspiração para as peças que produz. "O pensamento por trás de todo o meu trabalho é: qual seria uma abordagem humorística de um fenômeno social ou experiência relacionável que faria meus seguidores rirem e compartilharem hoje?" Além, claro, do fator doméstico: "Tenho dois filhos pequenos e sempre me diverte pensar em bebês fazendo coisas de adultos".
E para os trolls de plantão, Padilla disparou o seguinte conselho: "Se você não gosta, não me siga. Mas também não me ameace".
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