É comum ver crianças querendo provar quase tudo o que adultos consomem, e isso inclui também uma bebida muito popular no dia a dia: o café. Mas essa bebida é absolutamente contraindicada, independentemente da quantidade. "Neste momento, os pediatras desaconselham a cafeína para crianças menores de 12 anos e são contra qualquer uso de bebidas energéticas para crianças e adolescentes. Eles também sugerem limitar a cafeína a no máximo 100 mg (cerca de duas latas de refrigerante de cola de 350 ml) diariamente para aqueles de 12 a 18 anos de idade", diz a Academia Americana de Psiquiatria da Infância e Adolescência. A cafeína está presente no café e em muitas outras bebidas e alimentos disponíveis, como refrigerantes, energéticos, alguns chás, chocolates e até mesmo em guloseimas. Crianças e adolescentes são extremamente sensíveis aos efeitos da substância. Eles não têm o mesmo nível de tolerância à cafeína que os adultos, e podem sofrer efeitos negativos se consumirem muito. Além disso, crianças e adolescentes podem não ser capazes de controlar quanto de cafeína eles consomem. Eles podem não estar cientes dos efeitos da cafeína, ou eles podem ser tentados a consumir mais cafeína para se manterem acordados ou para se sentirem mais alertas. "Para as crianças, há muitas implicações potenciais da cafeína para a saúde", afirmou o endocrinologista Roy Kim, da Cleveland Clinica, nos Estados Unidos, em um artigo recente. Os potenciais riscos são: • aumento da frequência cardíaca; • ansiedade; • desidratação; • diarreia; • dor de cabeça; • aumento da pressão arterial; • mau humor; • inquietação ou nervosismo; • convulsões; • interrupções do sono; • tremores; • problemas estomacais. Especialistas recomendam cuidar desde cedo dos hábitos alimentares das crianças, reduzindo ou eliminando o consumo de produtos ultraprocessados, inclusive de refrigerantes que eventualmente possam conter cafeína.Veja 7 dicas para melhorar o sono das crianças sem remédio