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Golpes no PIX: entenda o PIX e evite ser mais uma vítima

Como usar com segurança o meio de pagamento e transferência instantânea de dinheiro que conquistou os brasileiros

MonitoR7|Do R7

O PIX chegou em novembro do ano passado e rapidamente foi adotado pelos brasileiros. Muito fácil de usar, a nova forma de pagar, receber e transferir dinheiro entre pessoas ou empresas, logo se tornou parte do cotidiano do país.

Veja no gráfico abaixo, com dados com Banco Central, como o PIX cresceu e ultrapassou outros meios de pagamento. Com o cursor, você pode verificar a quantidade de transações no último dia de cada mês, desde a implantação do PIX.

A questão é que toda a facilidade de uso, que tornou o PIX tão popular, também atraiu os golpistas. Eles usam de violência, malícia e tecnologia para conseguir um item essencial do sistema: as chaves PIX, que garantem acesso ao dinheiro que cada um de nós mantém no seu banco. Resultado: cresceu o número de vítimas dos chamados "golpes do PIX".

Para ajudar você a não se tornar mais uma vítima, o MonitoR7 preparou um especial sobre estes golpes e como evitá-los. Para começar, vamos aqui procurar entender o que é o PIX e como ele funciona.


O Pix é uma solução de pagamento instantâneo, criada pelo Banco Central do Brasil. Ele permite a transferência de qualquer quantidade de dinheiro por qualquer pessoa ou empresa, durante todos os horários de todos os dias. E sem pagamento de tarifas para as pessoas físicas, ao contrário de outros meios de pagamento. No momento, as contas que aceitam transferências em Pix são a conta corrente, a poupança e a pré-paga.

Para usar o PIX, você precisa ter acesso aos canais de atendimento do seu banco, por celular, internet banking, agências e caixa eletrônicos. Ou em correspondentes bancários, como as lotéricas.


A primeira providência para isso é cadastrar uma chave PIX para cada conta que você usará. A sua chave pode ser um número de celular, seu CPF, seu e-mail ou chaves aleatórias, criadas na hora pelo aplicativo.

Mas cada chave só pode ser usada para uma conta. Você não pode, por exemplo, ter duas contas diferentes usando o seu CPF como chave. E, o mais importante, para criar sua chave PIX, só use os aplicativos ou internet banking do(s) banco(s) em que voce tem conta. Não há "site do PIX" ou "site do Banco Central" para fazer esse cadastramento.


Mesmo quando você for pagar com o PIX em aplicativos ou lojas virtuais, eles terão que pedir sua permissão para iniciar a transação no ambiente do seu banco. O primeiro cuidado para evitar golpes é não acessar links que não sejam do banco em que você tem conta.

Ao iniciar um pagamento com PIX, qualquer que seja o método(chave, QR Code ou "copia e cola"), devem aparecer as informações do recebedor. Confira antes de concluir o pagamento, para que seu dinheiro não vá parar em conta errada.

Ao concluir uma transação com PIX, pagador e recebedor terão acesso a um comprovante da operação, com identificação da operação, valor, data/hora e informações sobre quem pagou e quem recebeu o valor. As transações com PIX devem ainda aparecer no seu extrato bancário, de forma diferenciada das outras operações.

Segundo o Banco Central, o PIX conta com vários mecanismos de segurança. A identidade do pagador é assegurada pelos mecanismos de autenticação dos bancos(senha, token, reconhecimento biométrico, etc.). Os dados das transações transitam de forma criptografada, por uma rede de dados específica, separada da internet.

Os bancos mantém "motores anti-fraude" que devem identificar transações incomuns, que podem ser bloqueadas para análise por 30 minutos durante o dia e 60 minutos durante a noite, rejeitando aquelas que não se confirmarem seguras.

Na sua base de dados, ainda de acordo com o BC, o PIX possui mecanismos de proteção que impedem varreduras de informações pessoais, além de"marcadores de fraude", que alertam as instituições sobre operações e fraudadores, quando eles são identificados.

Em caso de fraude, cabe à instituição bancária a análise do caso e a decisão sobre eventual ressarcimento. Por enquanto, os procedimentos para essa devolução são definidos em negociação entre o banco e a vítima de fraude. A partir do próximo dia 16 de novembro entrará em vigor o Mecanismo Especial de Devolução, que vai padronizar regras, prazos e procedimentos.

Se o seu celular for roubado, furtado ou clonado, segundo o Banco Central, outras pessoas não poderão fazer operações pelo PIX ou mudar suas chaves PIX. A garantia disso seria o sistema de segurança do aplicativo de seu banco, que só permite acesso através de senha, token ou reconhecimento biométrico ou facial.

Na prática, no entanto, quadrilhas tem se especializado nesse tipo de golpe, usando celulares para fazer operações por PIX. Leia o nosso texto sobre esse golpe que usam celulares roubados, furtados ou clonado. Lá nós tratamos dos cuidados necessários para reduzir o risco desse tipo de golpe. O link está abaixo.

Além disso, tem se tornado comum a clonagem de telefones de pessoas, para pedido de ajuda a amigos ou parentes, através de aplicativos de mensagem(WhasApp ou Telegram). Os golpistas se passam por algum parente ou amigo seu e pedem dinheiro emprestado ou para resolver algum problema.

Normalmente, os golpistas pedem a transferência pelo PIX, para receber o dinheiro antes que você perceba o golpe. Nunca use o PIX para transferir dinheiro ou pagar algo apenas para atender uma mensagem por escrito. O ideal é telefonar antes para a pessoa, para confirmar se ela realmente fez o pedido.

O Banco Central não entra em contato diretamente com usuários do PIX, especialmente para pedir dados bancários ou chaves PIX. O BC só entra em contato com pessoas que registraram alguma demanda nos seus canais oficiais. E mesmo assim, não pede dados sigilosos, como senhas. Não forneça senhas ou outras informações confidenciais.

Se você foi vítima de golpe ou fraude, pegue todas as informações sobre a operação. Registre uma ocorrência na polícia. Denuncie para o banco da pessoa que recebeu o seu dinheiro. Informe a chave PIX e, se soube, número de agência e conta. Denuncie também ao seu banco, que poderá marcar a chave PIX, do usuário e da conta onde foi parar o seu dinheiro.

Você tem uma informação que gostaria que fosse checada? Envie mensagem para o MonitoR7, por WhatsApp ou Telegram: (11) 9-9240-7777

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