Médica americana alertou para componentes estranhos nas vacinas?
A osteopata Carrie Madej afirma ter encontrado organismos autoconscientes e partículas metálicas nos imunizantes.
MonitoR7|Do R7
Circulam em grupos de mensagens, vídeos com entrevista, em inglês, de uma pessoa identificada como médica do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, com informações polêmicas contra as vacinas contra a Covid-19. Dois leitores enviaram o vídeo para o MonitoR7, para verificação das informações.
A profissional entrevistada é Carrie Madej, uma osteopata que ficou famosa nas redes após associar as vacinas contra covid a teorias conspiratórias de dominação mundial. A Osteopatia, apesar de ser parte da grade curricular de algumas universidades americanas, não integra a medicina tradicional e nem qualifica seus profissionais para realizar testes e experimentos científicos em laboratório.
Nos vídeos, Carrie diz ter feito testes com as vacinas da Moderna e da Janssen e ter ficado “horrorizada” com os resultados. A americana cita ter encontrado organismos autoconscientes com tentáculos, após observação de uma amostra de vacina, feita com um microscópio.
Além da suposta criatura, Madej afirma que o líquido apresentou colorações diferentes da original. Os dois testes que a médica afirma ter feito aconteceram em temperatura ambiente e sem interferência de outras substâncias. Mas a própria osteopata revela não ter registros do acontecido.
Carrie já foi desmentida várias vezes, mas nunca respondeu às acusações. E a eficácia da vacina, demonstrada ao redor do mundo, só fez sua popularidade diminuir, tanto que os vídeos que ainda circulam são de 2020, quando as vacinas ainda estavam em teste.
Para esclarecer qualquer dúvida, o MonitoR7 entrou em contato com especialistas, para que comentassem a argumentação da profissional de saúde.
Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), afirma que as declarações da osteopata não têm fundamento ou qualquer evidência científica. “Se houvesse algum risco sério de efeitos adversos, de injetar metais estranhos, por exemplo, nós teríamos esse dado. Porém, o que temos é o contrário, é um controle da pandemia em todos os locais onde a maior parte da população já está vacinada.” afirma a médica.
Stucchi reforça que não existe nenhum registro científico, no mundo inteiro, de organismos ou partículas, como as citadas por Madej, em qualquer uma das vacinas. E cientistas, médicos e laboratórios de todo o mundo tem acesso às vacinas e podem fazer a verificação em microscópio a qualquer momento.
Já sobre a possibilidade das vacinas causarem câncer, essa questão já foi assunto de outros textos do MonitoR7, que você pode acessar nos links abaixo. O Dr. Paulo Hoff, presidente do setor de Oncologia da Rede D'Or São Luiz, explicou que, com a nova tecnologia das vacinas da Pfizer e a Moderna, não é possível alterar o código genético. Para isso, as vacinas deveriam causar transcrição reversa, mas isso não acontece, pois, segundo o médico: “É mito. É lenda”.
Além das informações falsas já apuradas acima, em seus vídeos, Madej traz outras mentiras sobre vacinas, que já foram apuradas anteriormente pelo MonitoR7. Em uma de suas entrevistas, a osteopata fala sobre alteração de DNA depois da aplicação das vacinas de tecnologia de RNAm. Em agosto, o MonitoR7 publicou texto sobre o assunto, que também está nos links abaixo.