Funesc realiza Mostra Feminina de Teatro em seis cidades da Paraíba
Funesc realiza Mostra Feminina de Teatro em seis cidades da Paraíba
Portal Correio|Do R7
A programação da Fundação Espaço Cultural da Paraíba para o mês de março é de celebração às mulheres também na área das artes cênicas. A partir desta quinta-feira (8), haverá uma série de apresentações dentro do projeto MATRIZ – Mostra Feminina de Teatro da Funesc. Os espetáculos poderão ser vistos nas cidades do Conde, Belém, Bananeiras, Campina Grande, Cajazeiras e Cachoeira dos Índios.
São espetáculos feitos por mulheres (todos com temáticas femininas). O primeiro deles será ‘A Erudita’, com Priscilla Cler. A apresentação será na Praça Central, na cidade do Conde, a partir das 19h, nesta quinta-feira (8).
Já no sábado (10), tem o espetáculo ‘Travessia’, do Grupo Graxa de Teatro. A encenação com Kassandra Brandão e direção de Cely Farias será no Espaço de Convivência, na cidade de Belém, a partir das 20h. No mesmo dia e no mesmo local, haverá a vivência “Memórias femininas”, às 10h.
Também no sábado, a Mostra feminina de Teatro estará em Bananeiras. O espetáculo ‘Outubros’ será apresentado pela atriz Dudha Moreira, do Grupo de Teatro Osfodidário, a partir das 20h, no Teatro Ivaldo Lucena, no Centro Cultural Oscar de Castro.
O espetáculo ‘Violetas’, da companhia Violetas, será atração da mostra no dia 24 de março. Sob direção de Raquel Scotti Hirson (LUME Teatro), a atriz Mayra Montenegro fará sua interpretação, a partir das 20h, no Cine-teatro São José, em Campina Grande.
Também no dia 24, só que na cidade de Cajazeiras, a mostra terá encenação de ‘Razão para Ficar’, espetáculo que a atriz Ana Marinho como protagonista. A peça poderá ser vista no Teatro Íracles Pires, a partir das 20h.
A programação da mostra termina no dia 31 de março, quando será encenada a peça ‘Berço Esplêndido’, da companhia de teatro Os Cogitadores. A apresentação será na Praça Central da cidade de Cachoeira dos Índios, a partir das 19h30. A direção é de Aline Alencar, que também está no elenco.
Espetáculos
A Erudita – Priscilla Cler
8 de março de 2018 – 19h – Praça Central – Conde
Uma soprano, um pianista e uma pitada de ironia. A Erudita é uma cantora lírica que tenta se libertar das duras tradições da música erudita ao se deparar com a impossibilidade de não movimentar-se ao cantar. Cantando, a soprano descobre as mais diversas possibilidades de interpretação de sete canções de compositores de diferentes estilos (entre Mozart, Debussy e Piazolla), relacionando-se com o espaço, com o pianista e com a plateia.
Travessia – Grupo Graxa de Teatro
10 de março de 2018 – Espaço de Convivência – Belém
10h – Vivência “Memórias feminina”
20h – espetáculo
Uma mulher perdida entre suas lembranças relembra algumas situações que aconteceram em sua vida e tenta de alguma forma fazer as pazes com os seu passado, este representado por objetos, com cada um ela se relaciona de uma forma e esses objetos vão além da sua forma concreta, trazendo assim vários tipos de emoções e sentimentos pelos mesmos que ela vai se desfazendo durante o espetáculo, cada um de um jeito, para assim ela se refazer, se reencontrar e seguir enquanto uma mulher livre, sem amarras, sem culpas e sem dor.
Outubros – Grupo de Teatro Osfodidário
10 de março de 2018 – 20h – Teatro Ivaldo Lucena / Centro Cultural Oscar de Castro –Bananeiras
Inspirado no Diário de Maria de Lourdes Gonçalves, que ela começou a escrever grávida após a morte de Assis, seu amor e pai de seus filhos. Dona Lurdinha morreu em 2017, e em luto de sua mãe, a atriz Dudha Moreira vive no palco sob a direção João Paulo Soares, a narrativa do amor de seus pais. Ultrapassando as barreiras da dor de não ter mais seu amor em vida, e mesmo assim, senti-lo todos os dias.
Violetas – Cia. VIOLETAS
24 de março de 2018 – 20h – Teatro Cine São José – Campina Grande
Quem foram/quem são essas guerreiras do lar? Sonhadoras anônimas que realizam cotidianos atos de amor/heroísmo? Essa é a história da vovó Wilma, mas também é a história da Neuma, Rosilda, dona Maria, tia Santinha, Mayra, Eleonora e de tantas outras. Como remendar a própria alma? Como ser esteio durante toda a vida, sem nos esquecer também viventes? Para nos remontar ou nos reorganizar, precisamos nos desmontar e redescobrir, em meio às dores e feridas abertas. “Violetas” é uma reflexão, uma memória de esperança, de amor e lealdade, buscando um movimento que nos ajude a passar de vítimas à autoria de nós mesmas, não admitindo mais que nos sejam podados os sonhos.
Razão para ficar – Ana Marinho
24 de março de 2018 – 20h – Teatro Íracles Pires – Cajazeiras
Construído a partir de depoimentos de oito mulheres, egressas do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, em João Pessoa, Paraíba que, após um longo período de internamento, passaram a viver em um Serviço Residencial Terapêutico. O SRT é um espaço de acolhimento cuja meta é promover uma gradativa inclusão social e o desenvolvimento da autonomia de seus moradores.
No entanto, a ausência de projetos que viabilizem a interação entre as residentes e a comunidade, bem como o preconceito existente entre a população do bairro onde essas casas estão inseridas, terminam por dificultar a construção de uma reinserção social bem sucedia. A dramaturgia do espetáculo que teve como ponto de partida a tese de doutorado da historiadora Thalyta Lima, traz a vozes dessas oito mulheres internas e de trechos de obras de Clarice Lispector, poemas de Adélia Prado e Lisbeth Lima, busca evidenciar os processos de internamento de mulheres e as consequências de um regime de internação que elimina os sujeitos, tratados como pacientes.
Berço Esplêndido – Os Cogitadores
31 de março de 2018 – 19:30 – Praça Central – Cachoeira dos Índios
A peça retrata a história de uma família humilde que passa por diversas dificuldades. Apresenta de forma clara como a marginalidade e o subdesenvolvimento do país prejudicaram a grande parte das famílias operárias. Assim, através dos personagens, essa realidade pode ser observada a partir do jogo proposto pelos atores.
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